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    Lava Jato

    Lava Jato denuncia executivo suspeito de pagar propina na Petrobras

    ESTELITA HASS CARAZZAI
    DE CURITIBA

    12/01/2017 16h05 - Atualizado às 18h29

    Reprodução/Instagram
    O empresario Mariano Marcondes Ferraz com sua mulher, a atriz Luiza Valdetaro
    O empresario Mariano Marcondes Ferraz com sua mulher

    A força-tarefa da Operação Lava Jato denunciou nesta quarta (11) mais um executivo sob acusação de pagar propina na Petrobras: desta vez, o alvo é o empresário Mariano Marcondes Ferraz, representante de uma empresa de logística que atuava no porto de Suape, em Pernambuco.

    Ferraz, casado com a atriz Luiza Valdetaro, morava em Londres e foi preso pela Lava Jato ao embarcar num voo para a cidade inglesa, em outubro passado.

    Detido por uma semana, ele admitiu aos investigadores ter pago propina ao ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, a fim de renovar o contrato da Decal do Brasil com a estatal, em 2011.

    Segundo ele, o objetivo era "fazer a coisa caminhar" e "proteger o negócio". "Era assim que funcionava o sistema", disse o executivo, em depoimento à Polícia Federal.

    A empresa prestava serviços de armazenagem e movimentação de grãos no porto de Suape. Depois de cinco anos, o contrato com a estatal venceria, mas acabou renovado após o pagamento da vantagem indevida.

    Foram US$ 868 mil em propina, depositados em offshores de Costa -que confirmou o recebimento em delação premiada.

    Ferraz, que se desligou da multinacional em que atuava como conselheiro, a Trafigura, e se mudou para o Rio de Janeiro, foi denunciado sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro.

    Caso a denúncia seja aceita, ele deve responder ao processo em liberdade: ao sair da prisão, o empresário pagou fiança de R$ 3 milhões e entregou o passaporte à Polícia Federal.

    A Folha entrou em contato com a defesa de Ferraz, mas não obteve retorno.

    Segundo ele, o objetivo era "fazer a coisa caminhar" e "proteger o negócio". "Era assim que funcionava o sistema", disse o executivo, em depoimento à Polícia Federal.

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