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    Lava Jato

    'Vamos esperar as delações', diz Temer sobre hipótese de afastar ministros

    VENCESLAU BORLINA FILHO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM RIBEIRÃO PRETO

    19/01/2017 16h42

    Beto Barata/PR
    O presidente Michel Temer durante evento em Ribeirão Preto (SP)
    O presidente Michel Temer durante evento em Ribeirão Preto (SP)

    O presidente Michel Temer sinalizou nesta quinta-feira (19) que não deverá afastar imediatamente do governo possíveis ministros citados nas delações da Odebrecht, dentro da Operação Lava Jato. A expectativa é a de que o STF (Supremo Tribunal Federal) torne públicas as denúncias em fevereiro.

    Temer apontou diversas razões para não adotar o afastamento logo após a publicação dos depoimentos dos executivos da empresa, entre elas a necessidade de investigação e o acatamento da denúncia pela Justiça. Os ministros e o presidente têm foro privilegiado e são julgados pelo Supremo.

    "Depende do teor das delações em primeiro lugar. A delação também significa alguém falando de outrem. E quando alguém fala de outrem, você tem investigação. Vai depender das investigações que forem feitas, em primeiro lugar na área administrativa, depois na área judicial e depois a denúncia, recebida ou não pelo Poder Judiciário ", disse o presidente.

    Temer se manifestou sobre o assunto após a pergunta de um jornalista. Ele encerrou afirmando que o processo das delações tem um "longo caminho a frente". "Vamos esperar, esperar as delações", afirmou o presidente. O ministro do STF Teori Zavascki é o responsável pela análise das delações.

    Operação Lava Jato

    Michel Temer esteve em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) na manhã desta quinta para anunciar recursos de pré-custeio da safra agrícola 2017/18. Ele falou a uma plateia seleta, de empresários do agronegócio e produtores rurais, e aproveitou para citar as ações do seu governo.

    O peemedebista começou falando que o país já dá sinais de que está saindo da recessão, com as quedas da inflação e da taxa básica de juros (Selic) e com a retomada do crescimento. Falou da recuperação dos empregos aos 12 milhões de desempregados no país e que o governo tem suas bases nas responsabilidades fiscal e social.

    Temer falou da importância das reformas em andamento (previdenciária e trabalhista) para a economia e o setor produtivo e do apoio que diz ter recebido sobre a PEC que limitou os gastos públicos. Ele encerrou afirmando sobre a necessidade de financiamento ao agronegócio, e se colocou a disposição do setor.

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