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    Morte na Lava Jato

    'Inacreditável, 2016 não acaba', diz Janot sobre morte de Teori

    CATIA SEABRA
    LETÍCIA CASADO
    GUSTAVO URIBE
    ENVIADOS ESPECIAIS A PORTO ALEGRE
    PAULA SPERB
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PORTO ALEGRE

    21/01/2017 13h43

    Reprodução/WEF
    18/01/2017, Davos - World Economic Forum Seguir - Shaping the Future of Latin America. O procurador brasileiro Rodrigo Janot fala durante o Forum. (Foto: Reproducao/WEF) ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    O procurador-geral da República, Rodrigo Janot

    O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que a morte do ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato, mostra que o ano de 2016 não acabou. "Inacreditável. 2016 não acaba. É a era de Aquarius ao inverso", disse Janot à Folha, no velório de Teori, em Porto Alegre (RS).

    Ministros do Supremo como Ricardo Lewandowski e José Antônio Dias Toffoli compareceram ao velório.

    Emocionado, Toffoli disse que não é o momento de discutir como ficará o trabalho de Teori na corte.

    "É uma perda pessoal que nos abala e que estamos ainda sofrendo bastante."

    Responsável pela indicação de Teori ao STF, a ex-presidente Dilma Rousseff está em viagem à Espanha e não compareceu.

    Temer chegou no início da tarde, junto com os ministros Alexandre de Moraes (Justiça) e José Serra (Relações Exteriores), além do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

    A jornalistas o ministro do Superior Tribunal de Justiça Paulo de Tarso Sanseverino defendeu no velório que o sucessor de Teori na relatoria seja escolhido antecipadamente entre um ministro do próprio tribunal para evitar uma "situação politicamente delicada".

    Ele disse ainda que seria uma "solução bem razoável" que a própria Cármen Lúcia assumisse a Lava Jato.

    O enterro, também em Porto Alegre, está marcado para as 18h deste sábado (21).

    No velório, o caixão ficou coberto com a bandeira do Brasil. Foram posicionados dois telões ao lado do corpo com fotos da carreira dele. A sede do tribunal regional foi escolhida pela família para a cerimônia porque a corte foi presidida por Teori de 2001 a 2003.

    O corpo de Teori chegou por volta das 8h30 ao local, acompanhado de escolta. Cármen Lúcia chegou na mesma comitiva. Na noite de sexta-feira (20), a sede do tribunal ficou movimentada com a entrega de dezenas de coroas de flores.

    O professor Danilo Knijnik, da faculdade de direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, disse que a morte de Teori é "um vazio que não será preenchido, mas não será esquecido".

    O ministro se formou em direito, fez mestrado e doutorado na universidade federal e também lecionou na instituição.

    O clima na cidade natal de Teori, Faxinal dos Guedes, no oeste catarinense, é de tristeza, segundo o prefeito Gilberto Ângelo Lazzari (PMDB), que compareceu ao velório.

    "Em uma cidade de pequeno porte, quando morre alguém tão importante, é uma tristeza e comoção total", contou Lazzari à Folha.

    Faxinal dos Guedes tem 10.758 habitantes e Teori morou na cidade até a adolescência. Ele se mudou para Porto Alegre aos 18 anos, em 1966.

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