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    Adversários se unem para tentar derrotar Maia em disputa na Câmara

    DANIEL CARVALHO
    RANIER BRAGON
    ÂNGELA BOLDRINI
    DE BRASÍLIA

    30/01/2017 16h39 - Atualizado às 17h18

    Pedro Ladeira - 5.dez.2016/Folhapress
    BRASÍLIA, DF, 05.12.2016: REUNIÃO-LÍDERES - O presidente da República, Michel Temer, recebe líderes do Congresso Nacional para debater a reforma da Previdência. Na foto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
    Atual presidente da Câmara. Rodrigo Maia é alvo de ofensiva de rivais na disputa pelo comando da Casa

    Na tentativa de levar a eleição para presidente da Câmara para o segundo turno, os adversários do atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), uniram-se nesta segunda-feira (30) em uma ofensiva contra ele.

    Rogério Rosso (PSD-DF) anunciou nesta tarde que está de volta à disputa. Na semana passada, ele havia suspendido sua candidatura até que o STF (Supremo Tribunal Federal) se manifestasse sobre duas ações que tramitam contra Maia.

    A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, no entanto, não pautou o assunto para a primeira sessão do ano, nesta quarta-feira (1º). A eleição na Câmara ocorre na manhã de quinta-feira (2).

    A Constituição veda a reeleição do presidente em uma mesma legislatura, mas Maia alega que a regra não se aplica a quem se elegeu para um mandato temporário, como o caso dele, que assumiu em julho após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

    Além disso, Rosso, Jovair Arantes (PTB-GO) e André Figueiredo (PDT-CE), também candidatos, subscrevem o mandado de segurança que o deputado Julio Delgado (PSB-MG) protocolou no STF.

    Os deputados afirmam que pediram reunião com a presidente do STF sobre o assunto, mas que ainda não obtiveram resposta.

    Segundo Jovair, a candidatura de Maia afeta a "paridade de armas" da eleição na Casa. "Ele está com a caneta na mão e isso desiguala o jogo", afirmou.

    Mesmo com o PSB tendo anunciado apoio a Maia, Delgado se lançou candidato avulso nesta segunda.

    A intenção desses parlamentares é levar a disputa para o segundo turno. Eles acreditam que, assim, podem derrotar Rodrigo Maia, hoje favorito.

    Para ganhar no primeiro turno, é preciso maioria absoluta dos votos, ou seja, metade mais um dos votos dos presentes. A votação só começa com a presença de 257 dos 513 deputados.

    Nesta terça-feira (31), o PT definirá que rumo tomará. Havia expectativa de que o partido apoiasse Maia, mas, diante da pressão de sua base, a legenda pode lançar candidatura própria.

    Também há expectativa de que o PSOL lance candidato nesta terça.

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