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    Aliados de Maia formam bloco para disputar cargos na Câmara

    RANIER BRAGON
    ANGELA BOLDRINI
    DANIEL CARVALHO
    DE BRASÍLIA

    01/02/2017 13h08 - Atualizado às 17h43

    Pedro Ladeira - 20.dez.16/Folhapress
    O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que quer se reeleger
    O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que quer se reeleger

    Aliados do candidato à reeleição para a presidência da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), oficializaram nesta quarta-feira (1º) a formação de um bloco de 13 partidos para disputar cargos na Mesa Diretora da Casa.

    No total, o grupo é formado por 358 deputados, o que garante aos partidos que o compõem todos os seis cargos de chefia administrativa da Câmara.

    Fazem parte do bloco PMDB, PSDB, PP, PR, PSD, PSB, DEM, PRB, PTN, PPS, PHS, PV e PT do B.

    O PMDB deve ficar com a vice-presidência, cargo importante, uma vez que o presidente da Câmara atua como vice-presidente da República e assume quando Michel Temer (PMDB) está em viagem. Já a segunda vice-presidência deve ficar com um tucano.

    Além do bloco dos aliados de Maia, formaram-se dois outros blocos na Casa, um deles em torno do candidato da oposição André Figueiredo (PDT-CE), que se uniu com o PT e o PC do B, com 91 deputados.

    O grupo, no entanto, deve conseguir apenas a primeira suplência da Mesa, devido à regra de proporcionalidade. O PT afirmou na terça-feira (31), que estuda judicializar a questão.

    Apesar da entrada no bloco de oposição, o PC do B afirma que deve apoiar o candidato governista Rodrigo Maia na eleição da presidência.

    O terceiro bloco formado é o de Jovair Arantes (PTB-GO), que engloba PTB, Solidariedade, Pros e PSL, totalizando 41 deputados. Eles também ficam fora da mesa, com apenas uma suplência.

    Já o PSOL decidiu lançar a ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina (SP) como candidata própria à presidência da Casa.

    DISPUTA INTERNA

    A primeira vice-presidência é o principal alvo de disputa na Mesa Diretora. Isso porque, como o presidente da República, Michel Temer, não tem um vice, toda vez que se ausentar do país, é o presidente da Câmara quem assume o Palácio do Planalto. Consequentemente, o primeiro vice assume a Casa Legislativa.

    Pelos acordos políticos, a primeira vice-presidência cabe ao PMDB. O nome escolhido pelo partido é o de Lúcio Vieira Lima (BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima.

    Ele disputou a vaga com José Priante (PA), primo do senador Jader Barbalho. Inconformado, o deputado cogita lançar candidatura avulsa.

    Temer havia pedido aos correligionários que chegassem a um consenso, o que não será cumprido. Além de Priante, dois peemedebistas pretendem lançar candidatura avulsa -Fábio Ramalho (MG) e Osmar Serraglio (PR).

    No início da tarde, o oposicionista Sílvio Costa (PT do B-PE) registrou candidatura avulsa, já que seu partido integra o bloco que tem direito à vaga. No entanto, os líderes do grupo querem permitir candidaturas avulsas apenas no partido que tem direito à vaga.

    Na reunião de líderes, ficou acordado que a segunda vice-presidência caberá ao PP e a primeira-secretaria, espécie de "prefeitura da Câmara", ao PR. A segunda-secretaria ficará com PSDB, a terceira secretaria ao PSB e a quarta ao PSD.

    Já as suplências ficarão com PT, PRB (no lugar do DEM, que abriu mão de sua vaga), PDT e Solidariedade (o PTB abriu mão da vaga).

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