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    Morte na Lava Jato

    Temer vai buscar apoio de Cármen Lúcia a nome indicado para o STF

    GUSTAVO URIBE
    VALDO CRUZ
    DE BRASÍLIA

    03/02/2017 08h11

    Pedro Ladeira - 5.fev.2016/Folhapress
    Michel Temer e a ministra Cármen Lúcia durante sessão no STF em comemoração aos 28 anos da Constituição Federal, em Brasília (DF)
    Michel Temer e a ministra Cármen Lúcia durante sessão no STF, em Brasília

    Na tentativa de afinar a relação com a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, o presidente Michel Temer pretende consultá-la sobre a indicação do novo ministro para o tribunal.

    A avaliação do Palácio do Planalto é que diante do fortalecimento da ministra, sobretudo depois do gesto dela em homologar a delação da Odebrecht, tornou-se necessário ao presidente fazer um aceno a ela na definição do substituto de Teori Zavascki, morto em acidente aéreo no dia 19 de janeiro.

    Com esse intuito, o peemedebista deve conversar com a ministra neste final de semana. Ele avalia hoje duas possibilidades para a vaga: a escolha de um nome do STJ (Superior Tribunal de Justiça), o que seguiria a hierarquia do Poder Judiciário, ou de uma mulher com atuação técnica na esfera jurídica.

    Na lista de cotados, sobem na bolsa de apostas os nomes dos ministros Luis Felipe Salomão, João Otávio Noronha e Isabel Galotti, do STJ, e da procuradora paulista Flávia Piovesan.

    O presidente pretende fazer o anúncio do nome na semana que vem, para não ser acusado de morosidade no processo e para garantir que a composição da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), no Senado, na qual o novo ministro será sabatino, não seja refratária a ele.

    Temer avaliou que a escolha Fachin traz menos problemas ao governo federal. A avaliação é de que, diante do cenário atual, foi a opção mais acertada.

    O receio da equipe do presidente era de que os processos ficassem a cargo de um ministro considerado "mais imprevisível", como Ricardo Lewandowski ou Celso de Mello.

    O Palácio do Planalto também considera que a escolha de Gilmar Mendes ou Dias Toffoli poderia causar problemas em médio prazo. Por ambos serem próximos ao Palácio do Planalto, o receio era de que qualquer decisão favorável a poderia ser interpretada como uma espécie de interferência do governo.

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