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    Saiba como os médicos atestam a morte cerebral do paciente

    DE SÃO PAULO

    03/02/2017 21h34

    Ainda que a ex-primeira dama Marisa Letícia já não tivesse fluxo de sangue no cérebro desde o dia 1º, é necessário cumprir um protocolo de três etapas, como manda uma portaria do CFM (Conselho Federal de Medicina), para atestar a morte cerebral.

    O paciente com tal suspeita precisa primeiro passar por um exame clínico, feito por um neurocientista ou neurocirurgião. Nele, o médico avalia se ainda há reflexos do tronco cerebral –um dos exames joga luz forte sobre a pupila para ver se ela se contrai, como normalmente deve ocorrer; outro teste inclui cutucar a parte superior da garganta e ver se há tosse.

    Caso não haja esses sinais, esse mesmo exame precisa ser repetido num intervalo de pelo menos seis horas. Esse período garante que não haja nenhuma sedação no corpo que possa mascarar as respostas, explica o neurocirurgião Paulo Porto de Melo.

    Se os dois exames forem positivos para morte cerebral, ainda é necessário fazer um exame complementar. Entre as possibilidades descritas na portaria do CFM estão o eletroencefalograma, que mostra presença ou ausência de atividade elétrica, e o dopler, que mostra se há fluxo de sangue no cérebro. O sangue só circula ali se houver demanda do órgão.

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