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    Senadores da oposição criticam indicação de Moraes ao STF

    DÉBORA ÁLVARES
    DE BRASÍLIA

    06/02/2017 16h20

    Pedro Ladeira - 20.jul.2016/Folhapress
    Moraes e o presidente Michel Temer, em solenidade no Ministério da Justiça em julho
    Moraes e o presidente Michel Temer, em solenidade no Ministério da Justiça em julho

    Antes mesmo de ser formalizada, a indicação de Alexandre de Moraes para o STF (Supremo Tribunal Federal) é criticada por senadores da oposição, que lembraram, nesta segunda-feira (6), o fato de o ministro da Justiça ter advogado para o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no mesmo tribunal.

    O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) foi o primeiro a levar o assunto ao plenário. Disse que "o momento vai exigir reação da CCJ [Comissão de Constituição e Justiça] e, depois, do próprio plenário",

    A petista Gleisi Hoffmann (PR) classificou a indicação de "política". "É a cara desse governo, que defende interesses de grupos particulares e de seus próprios membros", afirmou.

    Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), a indicação é "ruim para o País" e "atende a interesses políticos". O senador também mencionou o período em que o ministro esteve à frente da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. "Ele ficou conhecido por defender a truculência da PM", disse.

    Para o petista, a indicação pode "prejudicar a isenção da Suprema Corte, já que o ministro é filiado ao PSDB".

    Em 2009, o então presidente Lula, do PT, indicou José Dias Tóffoli, na época advogado-geral da União, para ser ministro do Supremo.

    O senador Roberto Requião (PMDB-PR), que apesar de correligionário do governo, também criticou a escolha do presidente Michel Temer.

    SABATINA

    A indicação de Temer para a vaga do STF terá que passar por sabatina na CCJ do Senado. Após a aprovação pela comissão, o nome é submetido à apreciação de todos os senadores, no plenário.

    Em reunião no Palácio do Planalto nesta segunda, ficou acertado que a sabatina ocorrerá o mais breve possível.

    Para isso, contudo, a CCJ precisa ser formada.O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), reunirá lideranças partidárias para definir a indicação dos nomes dos integrantes de todas as comissões da Casa.

    Ao PMDB cabe a presidência da CCJ. Há uma briga interna no partido pelo cargo. Estão na disputa os senadores Edson Lobão (MA), Marta Suplicy (SP), Simone Tebet (MS) e Raimundo Lira (PB).

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