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    Temer cogita nomear Beltrame para a secretaria de Segurança

    GUSTAVO URIBE
    DANIEL CARVALHO
    DE BRASÍLIA

    11/02/2017 02h00

    Antonio Cruz - 16.set.2015/Agência Brasil
    O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, é recebido pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (Antonio Cruz/Agência Brasil) ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    O ex-secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame

    Com o agravamento dos conflitos e protestos no país, o presidente Michel Temer considera nomear para a Secretaria Nacional de Segurança Pública o ex-secretário estadual do Rio de Janeiro José Beltrame, do PMDB.

    A avaliação é que, diante de ondas de violência no Espírito Santo e Rio, o peemedebista precisa fazer um aceno público rápido e nomear para a secretaria nacional um nome técnico e de prestígio. O Ministério da Justiça está sob o comando de um interino desde a saída de Alexandre de Moraes, indicado para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal).

    Assim, o presidente contemplaria a mudança no nome do Ministério da Justiça, que passou a se chamar também da Segurança Pública, ficando livre para escolher um político ou jurista para o controle da pasta.

    O peemedebista pretende anunciar o novo ministro apenas após a aprovação de Moraes para o STF pelo Senado Federal, o que deve ocorrer em março. Já a nomeação na secretaria de Segurança deve sair logo, na tentativa de dar uma resposta à paralisação de policiais.

    Beltrame chegou a ser cotado para o comando do Ministério da Justiça, mas o presidente busca um perfil com mais peso jurídico e que tenha mais apoio do PMDB, que tem se queixado de ocupar espaço subdimensionado na Esplanada dos Ministérios.

    O ex-secretario do Rio de Janeiro é defendido para a secretaria nacional pela cúpula do governo federal e tem o apoio da bancada fluminense, a de maior peso no PMDB da Câmara dos Deputados.

    Nesta sexta-feira (10), o presidente foi a São Paulo discutir a sucessão no Ministério da Justiça com amigos e aliados, incluindo o criminalista Antonio Mariz. Crítico da Operação Lava Jato, ele chegou a ser cotado para o cargo de ministro, mas o peemedebista recuou com receio de uma repercussão negativa junto à Polícia Federal.

    Na tentativa de agradar o PMDB, Temer avalia o nome do deputado federal Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), que tem o apoio do partido na Câmara. A indicação, contudo, irritou a bancada do partido no Senado, que reivindica participação na escolha.

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