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    Temer nega que Segurança sairá do comando do Ministério da Justiça

    GUSTAVO URIBE
    NATÁLIA CANCIAN
    DE BRASÍLIA

    16/02/2017 13h01

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Eunício Oliveira, Michel Temer e Eliseu Padilha em cerimônia de sanção da reforma do ensino médio, nesta quinta (16) em Brasília
    Eunício Oliveira, Michel Temer e Eliseu Padilha em cerimônia de sanção da reforma do ensino médio

    O presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira (16) que a Secretaria de Segurança Pública continuará sob o comando do Ministério da Justiça.

    Para turbinar a estrutura governamental, o Palácio do Planalto federal avaliava vinculá-la à Casa Civil ou à própria Presidência da República, mas mantendo o status de secretaria.

    Segundo a Folha apurou, Temer pretende conversar até a semana que vem com o ex-secretário de Segurança do Rio José Mariano Beltrame, do PMDB, sobre a possibilidade de ele assumir o posto.

    A estrutura governamental será reforçada com a anexação da secretaria de grandes eventos e dos centros integrados de comando e controle, espécies de núcleos de inteligência estaduais.

    O criminalista Antonio Mariz chegou a ser avaliado para a vaga, mas assessores e auxiliares presidenciais afirmam que suas chances diminuíram nos últimos dias.

    Na quarta-feira (15), o presidente escolheu o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos Velloso para assumir o comando do Ministério da Justiça.

    O magistrado foi indicado pelo PSDB, principal aliado da gestão peemedebista, e contempla o perfil "inquestionável" buscado —um nome que não passe a mensagem pública da possibilidade de interferência na Lava Jato.

    Além disso, segundo assessores do Palácio do Planalto, Velloso ajudaria a amarrar de vez os tucanos ao governo federal diante da ameaça de que a sigla abandone neste ano a Esplanada dos Ministérios visando a eleição presidencial de 2018.

    Em conversas reservadas, o presidente tem afirmado que definiu o nome, mas que pode haver mudança caso seja revelada alguma polêmica envolvendo o ex-ministro.

    A hipótese, contudo, é considerada pouco provável pelo governo, que já fez um pente-fino no histórico do magistrado e não encontrou fatos que possam inviabilizá-lo.

    A avaliação é que a carreira jurídica sólida e a interlocução tanto com a esquerda como com a direita ajudam Velloso a obter a aprovação da opinião pública para a função.

    Velloso já demonstrou disposição de assumir o cargo. Caso ele recue de última hora, contudo, Temer avalia o nome do vice-procurador-geral da República, José Bonifácio de Andrada. Na quarta, o presidente se encontrou com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

    Tanto Velloso como Beltrame só devem tomar posse após a aprovação do nome de Alexandre de Moraes para o STF pelo plenário do Senado. A expectativa do governo federal é que isso ocorra na semana que vem.

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