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    Alexandre de Moraes omitiu empresa da mulher em declarações de bens

    BERNARDO MELLO FRANCO
    COLUNISTA DA FOLHA

    21/02/2017 09h14

    Alessandro Shinoda - 8.dez.2011/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 08 - 12 - 2011, 20:14. O presidente do DEM Alexandre de Moraes e Viviane, na chegada da cerimonia de casamento do filho do governador do estado de SP Geraldo Alckmin, Thomaz Alckmin com sua noiva Tais Fantato, na igreja Sao Jose, no Jardim Europa.( Foto: Alessandro Shinoda/Folhapress, MONICA BERGAMO )***EXCLUSIVO FOLHA***
    Moraes e sua mulher, Viviane, no casamento de Thomaz Alckmin, filho do governador de São Paulo

    O ministro Alexandre de Moraes omitiu, em duas declarações públicas de bens, uma empresa controlada por sua mulher em São Paulo.

    A oposição pretende levantar o tema nesta terça (21), durante a sabatina do indicado ao Supremo Tribunal Federal.

    Procurado pela Folha, Moraes não quis comentar o assunto, segundo sua assessoria de imprensa.

    Casada com o ministro, a advogada Viviane Barci de Moraes foi sócia da empresa Clavi Moda Jovem e Acessórios, com endereço registrado no Shopping Paulista.

    A firma tinha capital social de R$ 200 mil e existiu entre 2007 e 2014, de acordo com documentos da Junta Comercial de São Paulo.

    Moraes não mencionou a existência da empresa em duas declarações de bens que apresentou à Prefeitura de São Paulo, em 2007 e 2010.

    O ministro é casado em comunhão parcial de bens. Por determinação legal, ele foi obrigado a informar o patrimônio ao tomar posse e ser exonerado como secretário da gestão de Gilberto Kassab.

    Ao questionar Moraes, senadores da oposição devem perguntar se ele praticou crime de falsidade ideológica ao não declarar a empresa à prefeitura.

    CONFLITO DE INTERESSES

    Nesta terça (21), a Folha revelou que Moraes omitiu do Senado que sua mulher advoga em ações no Supremo Tribunal Federal.

    Como candidato a ministro da corte, ele deveria informar se algum parente exerce ou exerceu trabalho vinculado à sua atividade profissional.

    A pergunta é formulada para que os senadores avaliem se há conflito de interesses na indicação feita pelo governo.

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