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    Sob pressão, Temer deve trocar Moura por Aguinaldo na liderança

    GUSTAVO URIBE
    DANIEL CARVALHO
    DE BRASÍLIA

    23/02/2017 13h51 - Atualizado às 17h59

    Sergio Lima - 10.mar.2015/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 10-03-2015: A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), presidida pela Dep. Arthur Lira (PP/AL), elegeu os seus três vice-presidentes. O deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) assumiu a 1ª vice-presidência, com 28 votos contra 26 em branco. O Dep. Agnaldo Está na lista de investigados da da operação Lava Jato (Foto: Sergio Lima Folhapress - PODER)
    Deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que deve assumir liderança do governo na Câmara

    Sob pressão de Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente Michel Temer deve anunciar até esta sexta-feira (24) o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP- PB) como novo líder do governo na Câmara dos Deputados.

    Desde sua reeleição ao comando da Câmara dos Deputados, Maia vinha pressionando o peemedebista pela saída de André Moura (PSC-SE), que fez campanha pela eleição de Jovair Arantes (PTB-GO).

    Na tentativa de não se indispor com aliados de Eduardo Cunha, que defendiam a manutenção de Moura, o presidente chegou a definir sua permanência no cargo, mas recuou com a insatisfação de partidos como PP e DEM.

    Segundo um auxiliar presidencial, o anúncio de Aguinaldo deve ser feito em conjunto com o de Osmar Serraglio (PMDB-PR) para o comando do Ministério da Justiça.

    O objetivo é, assim, reduzir o desgaste com a bancada do PMDB na Câmara dos Deputados, que nos bastidores defendia a manutenção de Moura no posto de líder do governo.

    RECRIAÇÃO DE CARGO

    Para evitar criar um racha com os partidos do centrão, Temer pretende anunciar a recriação da liderança da maioria na Câmara, cargo que seria ocupado por André Moura.

    O presidente pretende tratar do assunto com o deputado federal ainda nesta quinta para fazer o anúncio junto com a nomeação de Aguinaldo Ribeiro para a liderança do governo.

    Na prática, a relevância da liderança da maioria é mínima, já que ela ficaria à sombra da liderança do governo. No entanto, é mais uma estrutura para acomodar indicações políticas.

    O presidente pretende fazer os anúncios, além da indicação de Serraglio para o Ministério da Justiça, até a sexta-feira (24).

    'TRANSFERIDO PELA IMPRENSA'

    Já em Sergipe para o feriadão de Carnaval, André Moura disse que não recebeu nenhum telefonema nem do presidente Michel Temer nem de seu núcleo político e que trabalhou normalmente nesta manhã, telefonando para deputados para agradecer a atuação deles na comissão da reforma da Previdência.

    "Não fui comunicado de nada, o presidente não me comunicou nada. O que me chegou foi pela imprensa. Fui transferido [de uma liderança para outra] pela imprensa. Trabalhei normalmente. Liguei para uns 15 deputados", disse Moura à Folha.

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