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    Lava Jato

    Presos, supostos operadores do PMDB chegam ao Brasil

    DE BRASÍLIA

    25/02/2017 11h07

    Reprodução
    Foto de Jorge Luz em alerta da Interpol
    Foto de Jorge Luz em alerta da Interpol

    Presos na última fase da Operação Lava Jato, os operadores Jorge Luz e Bruno Luz chegaram ao Brasil e serão transferidos em breve para Curitiba (PR).

    Os dois aguardam na Superintendência da Polícia Federal em Brasília uma autorização para serem levados à capital paranaense. A expectativa é que isso ocorra na próxima quinta (2).

    Suspeitos de serem operadores do PMDB na Petrobras, eles estavam foragidos e foram presos na sexta (24) em Miami, nos Estados Unidos, pela Interpol.

    Pai e filho, eles são alvo de um mandado de prisão preventiva. Os dois haviam viajado para os Estados Unidos, onde têm um apartamento, nos últimos meses –para a PF, com o objetivo de "se furtar da aplicação da lei penal".

    A defesa nega e diz que ambos estão dispostos a colaborar com as investigações "de maneira profícua e profunda". No passado, Jorge Luz tentou fazer delação premiada quando começou a ser citado na operação, mas não teve sucesso.

    Fases Lava Jato

    PERFIL

    Jorge Luz, 73, engenheiro, é considerado por investigadores como "o operador dos operadores"

    Ele começou a atuar na Petrobras na época do governo de José Sarney (PMDB), em 1986, segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que o mencionou em sua delação.

    Sua proximidade da diretoria da estatal era tão grande que ele estacionava seu carro em vagas reservadas para diretores, segundo contou o ex-senador Delcídio do Amaral, também em delação.

    Entre os políticos com quem tinha relação, estão o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA) e Silas Rondeau, ex-ministro de Minas e Energia, afirmou Delcídio.

    Luz também foi citado por delatores como o operador Fernando Baiano, de quem é considerado uma espécie de "patrono", e Nestor Cerveró, que o apontou como o idealizador do apoio político do PMDB à diretoria Internacional da Petrobras.

    O lobista considerava que o setor seria "um bom filão" para a obtenção de recursos para as campanhas eleitorais do partido.

    Segundo a investigação, ele operava em parceria com o filho, Bruno Luz.

    Polvo do PMDB

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