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    Em meio a acusação, ministro Eliseu Padilha passa por cirurgia no RS

    MARCELO TOLEDO
    DE RIBEIRÃO PRETO

    27/02/2017 14h33 - Atualizado às 19h10

    Danilo Verpa - 12.set.2016/Folhapress
    O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha
    O ministro-chefe licenciado da Casa Civil, Eliseu Padilha

    O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, 71, passou por cirurgia para retirar a próstata na tarde desta segunda-feira (27) em Porto Alegre.

    Segundo boletim médico divulgado pelo hospital Moinhos de Vento na noite desta segunda, o procedimento foi realizado após exames endoscópicos pelo urologista Claudio Telöken e sua equipe e transcorreu sem intercorrências.

    Ainda conforme o hospital, as condições gerais estão estáveis e Padilha permanecerá na sala de recuperação pós-operatória, sob monitoramento, pelas próximas 48 horas.

    O ministro foi internado na noite deste domingo (26) para a cirurgia e está de licença médica desde a semana passada.

    No último dia 20, o ministro passou mal e precisou ser internado em Brasília, no Hospital das Forças Armadas, para tratar de uma obstrução urinária, quando se diagnosticou hiperplasia prostática –aumento da próstata–, o que motivou a realização da cirurgia desta segunda.

    Não foi o primeiro episódio médico envolvendo Padilha desde que está no cargo, assumido em maio de 2016. Em novembro, ele foi atendido pelo serviço médico do Palácio do Planalto devido a um pico de pressão que o deixou afastado do cargo por dois dias. Exames não constataram problemas cardíacos.

    Dois meses antes, o ministro também registrou alta na pressão arterial, com licença médica de cinco dias.

    A previsão é que ele reassuma o cargo no governo de Michel Temer na próxima segunda-feira (6). Se a data se confirmar, a volta de Padilha ao governo terá como cenário o envolvimento de seu nome numa possível investigação da PGR (Procuradoria-Geral da República).

    A PGR deve pedir nas próximas semanas a abertura de inquérito para investiga-lo diante do depoimento de José Yunes, ex-assessor de Temer.

    Yunes prestou depoimento e disse à PGR, e também em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha, ter recebido um "pacote" em 2014, em seu escritório político em São Paulo, entregue por Lucio Funaro, a pedido de Padilha.

    Com a versão contada por Yunes, a PGR avalia ser inevitável pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) autorização para investigar o ministro.

    O ministro da Casa Civil ainda não se manifestou sobre as afirmações de Yunes.

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