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    Deputados querem afastar Romero Jucá do comando do PMDB

    DANIEL CARVALHO
    DE BRASÍLIA

    04/03/2017 02h00

    Pedro Ladeira -23.mai.2016/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 23-05-2016, 12h00: O ministro do Desenvolvimento Romero Jucá durante coletiva de imprensa para falar sobre as denúncias de que teria agido para travar investigações da Lava Jato, na sede do ministério. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    O senador Romero Jucá (PMDB-RR)

    Dizendo-se irritado com a condução que Romero Jucá (RR) vem dando ao PMDB, um grupo de deputados da legenda redigiu um documento em que exige o afastamento de alvos da Operação Lava Jato do comando do partido.

    Investigado na operação, Jucá preside o PMDB desde abril de 2016, quando o atual presidente da República, Michel Temer, licenciou-se do comando da sigla.

    Os parlamentares também ameaçam uma debandada em massa durante a janela partidária que antecede as eleições do ano que vem.

    Uma "Carta ao PMDB" será entregue a Jucá na quarta (8), data da reunião da Executiva Nacional do partido.

    Idealizador do documento, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) diz que a carta não é contra Jucá e que atingiria também outros alvos da Lava Jato, como o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral), presidente da Fundação Ulysses Guimarães, e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE), tesoureiro do partido.

    "A direção do partido deve estar isenta", diz Marun, que espera adesão de metade da bancada.

    A principal queixa dos deputados em relação a Jucá reside no uso do fundo partidário, principal financiador das disputas eleitorais.

    Deputados querem que Jucá defina como o dinheiro será usado em 2018 e exigem mais dedicação à legenda.

    Homem forte do governo Temer, Jucá tem grande influência no Ministério do Planejamento, é líder do governo no Congresso e pode assumir a liderança no Senado.

    Os parlamentares também acusam Jucá de gastar com despesas desnecessárias.

    "O que os parlamentares querem é transparência, abrir a caixa-preta do partido. Soubemos que houve contratos com uma agência publicitária de gastos absurdos, compra de mobiliário", afirma o deputado João Arruda (PMDB-PR), vice-presidente nacional da legenda.

    Procurado, Jucá não se manifestou até o início da noite de sexta-feira (3).

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