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    Defesa de Dilma quer que TSE ouça depoimentos de Padilha e Yunes

    CATIA SEABRA
    DE SÃO PAULO

    14/03/2017 08h16

    Eduardo Anizelli - 1º.jan.2015/Folhapress
    GALERIA TRAJETÓRIA MICHEL TEMER - A presidente da republica reeleita pelo PT, Dilma Rousseff e o vice Michel Temer sobem a rampa do Planalto, durante cerimonia de posse de seu segundo mandato, no Palacio do Planalto, em Brasilia
    Dilma Rousseff e Michel Temer sobem a rampa do Planalto no início do 2º mandato da petista

    A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff apresentou na noite de segunda (13) um requerimento ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que o ministro Eliseu Padilha seja ouvido no processo sobre a cassação da chapa Dilma-Temer.

    Solicita, ainda, o depoimento de José Yunes, ex-assessor e amigo do presidente Michel Temer. E dos presidentes dos noves partidos que compuseram a coligação que garantiu a vitória da chapa em 2014 —entre eles, Rui Falcão (PT), Valdir Raupp (PMDB), Gilberto Kassab (PSD) e Marcos Pereira (PRB).

    A defesa de Dilma argumenta que Padilha coordenou a campanha do lado do PMDB e ocupou uma sala no comitê central, em Brasília. Por isso, os advogados querem que ele esclareça se recebeu recursos via caixa 2 para a chapa presidencial.

    A mesma dúvida se aplica a Yunes, suspeito de receber dinheiro de caixa 2 em seu escritório, em São Paulo. "Diante de sua reconhecida amizade de 50 anos com Temer, a defesa de Dilma pediu ao relator que o convoque a esclarecer quando recebeu recursos, se foram via caixa 2 e se destinou o dinheiro à chapa Dilma-Temer", afirma a nota publicada no site da ex-presidente.

    A defesa de Dilma também pediu que o relator da ação no TSE, o ministro Herman Benjamin, solicite à Procuradoria Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal o compartilhamento das delações de executivos e funcionários da Odebrecht ouvidos pelo TSE, mantendo o sigilo dos depoimentos.

    "Em caso semelhante, o STF concedeu ao senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) o acesso à delação premiada de Ricardo Pessoa, que o acusou de ter recebido doação para a campanha via caixa 2. Nessa ocasião, o STF assegurou ao atual ministro das Relações Exteriores o pleno exercício do direito à ampla defesa", afirma a nota.

    Outra demanda é pelo depoimento do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, acusado por Marcelo Odebrecht de intermediar o repasse de recursos para a campanha presidencial.

    Os advogados também querem que Benjamin reconsidere o veto aos trechos que mencionam o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), nos depoimentos de Marcelo Odebrecht e Benedito Júnior. E que o ministro ouça outras testemunhas na ação, como Vinícius Claret, suposto doleiro do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).

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