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    Petista vota em tucano na Assembleia de SP e diz que PT tomou 'decisão errada'

    ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER
    GABRIELA SÁ PESSOA
    REYNALDO TUROLLO JR.
    DE SÃO PAULO

    15/03/2017 19h52

    No domingo (12), o deputado estadual José Américo Dias (PT-SP) compartilhou no Facebook uma mensagem do colega João Paulo Rillo.

    Rillo reproduzia uma reportagem da Folha sobre a vitória iminente do tucano Cauê Macris à presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo, que de fato se concretizou nesta quarta (15). E lamentava que o PT tivesse se aliado ao PSDB em troca de um cargo na Mesa Diretora.

    "Apesar de o referido deputado [Macris] chamar petistas publicamente de ladrões, ele será eleito com o voto de boa parte de nossa bancada. A ironia é que ele nem precisa", escreveu.

    O PT tem 15 dos 94 deputados, mas da bancada partidária só ele, Américo e Carlos Neder eram contra o acordo.

    Mais para marcar posição, Neder acabou sendo lançado candidato, com uma inscrição de última hora. Ganhou dois votos: o próprio e o de Rillo. José Américo abandonou a causa.

    Assim o fez, diz, por tomar como "uma questão de princípio seguir a orientação partidária". O diretório estadual do PT preferiu apoiar Macris para obter a 1ª Secretaria, que cuida dos recursos humanos e fica tradicionalmente sob a guarda da segunda maior bancada da Casa, a petista.

    Apesar do votar com ela, José Américo considera que sua sigla tomou uma "decisão errada". Afirma não questionar "alianças passadas" com os tucanos, mas diz que o momento é outro.

    "Acho que era importante sinalizar para o eleitorado que o PT está... Estaria estabelecendo um divisor de águas com o PSDB. [O partido] deveria deixar claro qual o alvo da sua oposição."

    No mezanino do plenário, lia-se numa faixa "petista não vota em golpista".

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