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    Federação da agricultura de SP é alvo do Ministério Público

    REYNALDO TUROLLO JR.
    DE SÃO PAULO

    31/03/2017 02h00

    Charles Sholl - 20.fev.2017/Futura Press/Folhapress
    S√O PAULO,SP,20.02.2017:TEMER-AGRO+SP - Presidente da FAESP, F·bio Meirelles participa do lanÁamento da etapa paulista do Agro+, no WTC, em So Paulo (SP), na manh desta segunda-feira (20). O programa busca a modernizaÁo do agronegÛcio para reduzir o custo das atividades do setor e combater a ineficiÍncia gerada pela burocracia. (Foto: Charles Sholl/Futura Press/Folhapress) ***FOTO COM CUSTO EXTRA E CRDITOS OBRIGAT"RIOS***
    O presidente da Faesp, Fábio Meirelles, durante evento em São Paulo em fevereiro

    O Ministério Público de São Paulo investiga a Faesp (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo) por suspeitas de nepotismo e favorecimento de familiares do presidente da entidade, o ex-deputado federal Fábio Meirelles.

    Como a Folha noticiou no dia 2, a Faesp, que é mantida pela contribuição sindical obrigatória paga por empresários rurais paulistas, vem sendo usada para atender aos interesses dos cinco filhos de Meirelles, presidente da entidade desde 1975.

    A Promotoria do Patrimônio Público enviou ofícios à Faesp, ao Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), também sob o comando de Meirelles, e a diretores dissidentes da federação para coletar informações que embasarão a eventual instauração de um inquérito civil.

    Segundo o promotor Luiz Ambra, estão na mira a contratação de empresas de filhos de Meirelles para prestar serviços para a Faesp e a nomeação de familiares para cargos na federação e em órgãos que têm convênios com ela.

    Um dos contratos sob questionamento é entre a Faesp e a empresa Connect, de uma filha de Meirelles. A empresa faz a cobrança administrativa da contribuição sindical em nome da Faesp e, para isso, recebe 15% do imposto pago.

    Ambra afirmou que a apuração preliminar começou em novembro de 2016, por meio de duas denúncias à Promotoria, e que a reportagem da Folha reforçou as suspeitas. Se comprovadas, as irregularidades podem configurar improbidade administrativa.

    A gestão Meirelles nega favorecimento e afirma que tem suas contas aprovadas nas instâncias competentes.

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