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    Lava Jato

    Russomanno recebeu R$ 50 mil em 2010, dizem delatores

    DE SÃO PAULO

    11/04/2017 18h47

    O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin autorizou a abertura de inquérito contra o deputado Celso Russomanno (PRB-SP), pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

    O pedido de investigação é baseado nas colaborações premiadas de Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Carlos Armando Paschoal, ambos executivos da Odebrecht.

    Joel Silva/ Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL- 02-10-2016 : O candidato Celso Russomanno, durante coletiva apos eleicoes municipais. ( Foto: Joel Silva/ Folhapress ) ***PODER *** ( ***EXCLUSIVO FOLHA***)
    O deputado Celso Russomanno (PRB-SP)

    Russomanno é acusado de ter recebido R$ 50 mil em recursos não contabilizados para "a sua campanha para a Câmara, no ano de 2010" –embora Russomanno tenha saído candidato ao governo de São Paulo. O montante teria sido repassado pelo Setor de Operações Estruturadas da empreiteira e registrado com a identificação do beneficiário com o apelido Itacaré.

    Russomanno nega as acusações, que o deixaram "triste".

    "As doações que recebi foram oficiais. Todas estão no site do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]; é só as pessoas consultarem. O que tem que ser colocado é o seguinte: se a doação foi feita com intenção e se o político deu alguma coisa em troca. Nunca dei nada em troca, ofereci absolutamente nada e recebi absolutamente nada", disse à Folha.

    A abertura dos inquéritos não implica culpa dos investigados. A partir da decisão, os investigadores e os advogados apresentam provas para determinar se há indício de autoria do crime ou não.

    Depois disso, o Ministério Público decide se apresenta uma denúncia ou pede o arquivamento do inquérito. Se a denúncia for apresentada e aceita pelo Supremo, o investigado se torna réu e passa a ser julgado pelo tribunal.

    "Não estou ligado a nenhuma obra do país. Estou tranquilo. Quando você está tranquilo, não teme nada, né? Fiz um levantamento aqui e não tem nenhuma doação para a minha pessoa. Pode ter para o partido, mas não para a minha pessoa. Da Odebrecht nunca teve. Fico muito triste de me ver envolvido nesta história."

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