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    Lava Jato

    Ministro do TCU recebeu R$ 350 mil, afirmam delatores da Odebrecht

    DE SÃO PAULO

    11/04/2017 20h05

    4.fev.2015/Agência Brasil
    BRASILIA, DF, 04.02.2015, BRASIL, Posse de Vital do Rego Filho novo presidente do TCU ele diz que quer bloquea osr bens de Graça Foster. Foto Agencia Brasil ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    O ministro do Tribunal de Contas da União Vital do Rêgo Filho (dir.) ao lado do procurador-geral da República, Rodrigo Janot

    O ministro do STF Edson Fachin autorizou a abertura de inquérito contra o ministro do Tribunal de Contas da União Vital do Rêgo Filho, pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot em 14 de março.

    O pedido de investigação é baseado nas colaborações premiadas de Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e José de Carvalho Filho, ambos executivos da Odebrecht.

    Os delatores descreveram ao Ministério Público a realização de pagamentos no valor aproximado de R$ 10 milhões destinados a políticos do PMDB, os quais teriam sido solicitados por Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro. Os pagamentos teriam ocorrido de 2012 a 2014.

    De acordo com Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, houve pedido específico de repasse de recursos, feitos por meio de contabilidade paralela e não oficial, a Vital do Rêgo, que chegou a ser senador pelo partido antes de assumir a vaga no tribunal em 2015.

    Já José de Carvalho Filho confirma ter feito um repasse a Vital do Rêgo no valor de R$ 350 mil.

    O ministro do TCU é acusado de corrupção passiva de pessoa que ocupa cargo equiparado ao de funcionário público e corrupção ativa.

    A abertura dos inquéritos não implica culpa dos investigados. A partir da decisão, os investigadores e os advogados apresentam provas para determinar se há indício de autoria do crime ou não.

    Depois disso, o Ministério Público decide se apresenta uma denúncia ou pede o arquivamento do inquérito. Se a denúncia for apresentada e aceita pelo Supremo, o investigado se torna réu e passa a ser julgado pelo tribunal.

    OUTRO LADO

    Por meio de sua assessoria, o ministro do TCU afirmou que "desconhece os fatos narrados pelos delatores ouvidos pelo MPF e repudia as falsas acusações. Ele nunca teve relação de proximidade com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e está à disposição da Justiça para os esclarecimentos necessários".

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