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    Rodrigo Maia e Cesar Maia tornam-se alvos de investigação na Lava Jato

    11/04/2017 20h48

    Pedro Ladeira - 5.dez.2016/Folhapress
    O presidente da Câmara, Rodrigo Maia

    O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou nesta terça-feira (11) a abertura de inquérito para investigar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e seu pai, Cesar Maia, sob suspeita de receberem pagamentos irregulares da Odebrecht.

    O pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) se baseia nas delações de Benedicto Barbosa da Silva Júnior, João Borba Filho, Cláudio Melo Filho, Carlos José Fadigas de Souza Filho e Luiz Eduardo da Rocha Soares.

    Segundo uma das delações, não especificada pela PGR, Rodrigo Maia solicitou e recebeu R$ 350 mil como ajuda para campanha eleitoral em 2008. Porém, naquele ano, nem o parlamentar nem Cesar Maia foram candidatos a cargos eletivos.

    Em 2010, Rodrigo Maia teria solicitado um novo repasse, dessa vez para a campanha de seu pai ao Senado. Foram pagos R$ 600 mil, de acordo com depoimentos.

    A abertura dos inquéritos não implica culpa dos investigados. A partir da decisão, os investigadores e os advogados apresentam provas para determinar se há indício de autoria do crime ou não.

    Depois disso, o Ministério Público decide se apresenta uma denúncia ou pede o arquivamento do inquérito. Se a denúncia for apresentada e aceita pelo Supremo, o investigado se torna réu e passa a ser julgado pelo tribunal.

    OUTRO LADO

    O presidente da Câmara afirmou em rápida entrevista acreditar que a investigação irá mostrar a sua inocência. "O processo vai comprovar que são falsas as citações dos delatores, e os inquéritos serão arquivados. Eu confio na Justiça e vou continuar confiando sempre. O Ministério Público e a Justiça vão fazer o seu trabalho de forma competente, cabe ao Congresso cumprir seu papel institucional de legislar. Há separação dos Poderes."

    César Maia, vereador e ex-prefeito do Rio de Janeiro, também negou irregularidades. "Nunca recebi um tostão da Odebrecht. Ela doava ao partido, e o partido entregava aos candidatos. Após a eleição, a abertura das contas mostrava que o partido ajudou minha campanha. Eu nunca contatei, nem pedi, nem recebi nada deles."

    LISTA DE JANOT 2 - Quantidade de filiados, por partido, com investigação autorizada pelo STF

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