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    Lava Jato

    Odebrecht diz que repassou a Skaf e Palocci a pedido de Steinbruch

    DE BRASÍLIA

    14/04/2017 19h36

    Fabio Braga - 25.ago.2014/Folhapress
    SÃO PAULO, SP, BRASIL - 25.08.2014: Sete candidatos que disputam a eleição ao governo de São Paulo participam hoje do debate promovido por Folha, UOL, SBT e Jovem Pan. Na foto o candidato ao Governo de Sao Paulo Paulo Skaf (PMDB) conversa com o publicitario Duda Mendonça. ( Foto: Fabio Braga/Folhapress, PODER)
    O publicitário Duda Mendonça conversa com Paulo Skaf (PMDB) em debate nas eleições de 2014

    O empresário Marcelo Odebrecht, ex-presidente e herdeiro do grupo baiano, disse em delação premiada que, a pedido de Benjamin Steinbruch, diretor-presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), repassou R$ 14 milhões a Antônio Palocci e R$ 2,5 milhões a Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

    Steinbruch é também primeira vice-presidente da Fiesp e colunista da Folha.

    O repasse teria sido feito "em razão de compromisso assumido" por Steinbruch com o PT, segundo a delação.

    Como não há pessoas com foro privilegiado no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, enviou o material para a Procuradoria da República no Paraná.

    Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), que tomou o depoimento de Marcelo Odebrecht, as declarações têm conexão com processos que correm no Paraná.

    O STF tornou públicos os documentos relativos à delação da Odebrecht na noite desta terça (11).

    Procurado desde quarta (12), Steinbruch não respondeu à reportagem.

    INVESTIGAÇÃO

    O ministro Edson Fachin determinou a abertura de inquérito contra oito ministros do governo Michel Temer (PMDB), 24 senadores e 39 deputados federais. Serão abertas 76 investigações pedidas pela Procuradoria-Geral da República após as delações da Odebrecht.

    Entre os citados estão os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB). Dois dos principais aliados de Temer, Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secreraria-Geral), também estão na lista, que abrange ainda os senadores Romero Jucá e Renan Calheiros, do PMDB, e Aécio Neves (PSDB).

    No total a relação tem 98 nomes e inclui três governadores e um ministro do Tribunal de Contas da União. Algumas suspeitas da Procuradoria são corrupção, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, fraude e cartel. Fachin remeteu 201 outros casos a tribunais de instâncias inferiores envolvendo citados sem foro no Supremo –entre os mencionados estão os ex-presidentes Lula, Dilma Rousseff e Fernando Henrique Cardoso.

    Os inquéritos iniciam longo trâmite. Investigarão o teor das delações, que precisarão de provas adicionais para tornar-se efetivas. Ainda há as fases de denúncia e do processo, com ampla defesa, antes do julgamento.

    Chamada - A lista de Fachin

    (LETÍCIA CASADO, BELA MEGALE, CAMILA MATTOSO, REYNALDO TUROLLO JR. e RANIER BRAGON)

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