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    Lava Jato

    'A hora que Moro marcar, estarei em Curitiba', diz Lula sobre depoimento

    MARINA DIAS
    DE BRASÍLIA

    24/04/2017 19h33

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Lula participa seminário sobre economia, promovido pelo PT e pela Fundação Perseu Abramo, em Brasília (DF), nesta segunda
    Lula participa seminário promovido pelo PT e pela Fundação Perseu Abramo, em Brasília

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (24) que seu depoimento a Sergio Moro será sua "primeira grande oportunidade" de se defender e que a hora que o juiz marcar sua ida a Curitiba, estará lá para "falar a verdade".

    "Estou tranquilo, não estou preocupado com a data. A data é do juiz Moro. A hora que ele marcar, estarei em Curitiba", disse Lula durante evento do PT em Brasília.

    "Quero comparecer porque é a primeira grande oportunidade que eu não vou ser atacado pelas revistas e televisões. Eu vou ter, de viva voz, o direito de me defender. No meu primeiro depoimento, o horário é meu. Faz três anos que estou ouvindo", completou o petista.

    Segundo a Folha apurou, Moro cogita adiar o depoimento do petista e comunicou a decisão à cúpula da Polícia Federal, em reunião em Curitiba, há algumas semanas.

    Minutos antes da declaração pública, o ex-presidente havia dito que não era problema dele se o Moro decidir adiar ou não a data de seu depoimento, previsto inicialmente para o dia 3 de maio, e que ainda não havia sido informado da decisão.

    Questionado pela reportagem se preferia falar agora ou depois na ação sobre o tríplex em Guarujá (SP), Lula limitou-se a dizer: "Não é problema meu".

    ADIAMENTO

    A polícia argumentou que precisaria de mais tempo para organizar a segurança no local e que o feriado do dia do Trabalho, 1º de maio, dificultaria ainda mais a operação.

    Aliados do ex-presidente afirmam que a decisão de Moro é política e que visa apenas a desmobilizar a militância petista, que se preparava para fazer um grande ato contra Moro e a Lava Jato em Curitiba.

    A defesa de Lula o havia orientado a responder objetivamente as perguntas do juiz, deixando a disputa política para "as ruas".

    O PT e movimentos alinhados ao partido preparavam forte mobilização para apoiar o ex-presidente. Caravanas estavam partindo de diversos pontos do país para Curitiba.

    O processo em que Lula será ouvido é relacionado ao episódio do tríplex em Guarujá, litoral de São Paulo, em que o ex-presidente é acusado de ter recebido vantagens indevidas da empreiteira OAS.

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