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    Para auxiliares, impopularidade de Temer influencia mau desempenho de governistas

    GUSTAVO URIBE
    DANIEL CARVALHO
    DE BRASÍLIA

    01/05/2017 02h00

    Eduardo Anizelli/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 30-04-2017, 11h00: O governador do estado de Sao Paulo, Geraldo Alckmin, o prefeito da cidade de Sao Paulo, Joao Doria e o presidente da republica Michel Temer durante cerimonia de abertura do Japan House, na avenida Paulista, em Sao Paulo. (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress, PODER)
    O governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, o prefeito da cidade de São Paulo, João Doria e o presidente da republica, Michel Temer, durante cerimônia de abertura do Japan House, na avenida Paulista, em São Paulo.

    A avaliação de auxiliares do presidente Michel Temer é que a queda da popularidade dele influencia na ausência de candidatos ligados ao governo na dianteira da disputa presidencial de 2018, como apontou a pesquisa Datafolha neste domingo (30).

    Em conversas reservadas, aliados de Temer responsabilizam os impactos da Operação Lava Jato e a impopularidade das reformas trabalhista e previdenciária pela piora na avaliação do governo, seguindo tendência já detectada em pesquisas internas.

    Segundo o Datafolha, a rejeição ao governo Temer chegou a 61%, comparável a de sua antecessora, Dilma Rousseff, às vésperas da abertura do impeachment.

    Mostra ainda que, no principal cenário presidencial, os três primeiros colocados são nomes críticos ao peemedebista: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSC).

    A pesquisa revelou também aumento na rejeição de nomes simpáticos à gestão federal, como Aécio Neves e Geraldo Alckmin, do PSDB.

    "Estamos em um período de reformas. O PSDB é um a sigla da base aliada e há um reflexo sobre ele", disse o líder do governo no Congresso, André Moura (PSC-SE).

    Com a expectativa de que as mudanças na aposentadoria sejam aprovadas penas no segundo semestre, o Planalto não acredita em uma recuperação da popularidade em curto ou médio prazos.

    A avaliação é de que, com as reformas aprovadas, isso possa ocorrer apenas em 2018, com o prognóstico de que os sinais de recuperação da economia estejam mais claros, assim como os efeitos das mudanças na Previdência.

    "Ninguém gosta de mudar e as pessoas têm medo de mudança. Mas elas sabem, ao mesmo tempo, que elas têm de ser feitas para sair da crise econômica", disse à Folha ministro da Secretaria-Geral, Moreira Franco.

    Apesar do discurso de que não se importa com a impopularidade, o presidente programa uma agenda no final do segundo semestre na tentativa de melhorar a aprovação do governo.

    A ideia é que ele aumente seu engajamento na reforma política, cujo apoio da população é maior, e realize mais viagens nacionais e internacionais para defender suas realizações.

    Primeiro turno - Cenário 1 - Intenção de voto para presidente, em %

    Primeiro turno - Cenário 2 - Intenção de voto para presidente, em %

    Primeiro turno - Cenário 3 - Intenção de voto para presidente, em %

    Primeiro turno - Cenário 4 - Intenção de voto para presidente, em %

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    Primeiro turno - Cenário 6 - Intenção de voto para presidente, em %

    Rejeição no primeiro turno - Em %

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