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    Professor americano atribui boato de 'affair' com Dilma a misoginia

    DE SÃO PAULO

    07/05/2017 02h00

    Dilma Rousseff está de namorado novo –e parece que a coisa é séria."Não ouviu a boa notícia? Eu e Dilma vamos nos casar!", ironiza o professor de história latino-americana da Brown University, o americano James Green, a Flora Thomson-Deveaux, doutoranda na mesma universidade.

    Flora descreve a conversa na revista "piauí". O tom zombateiro de Green continua: "Sabe que a gente realmente se deu muito bem? Ela é tão inteligente, a gente teve conversas maravilhosas. Ela conhece melhor os impressionistas franceses do que eu, e olha que eu conheço bem".

    O boato de que os dois estão juntos começou –onde mais?– na internet. Mais precisamente no portal RD1, que compila notícias sobre celebridades (no sábado, 6, os destaques eram um ex-BBB e uma briga entre Luana Piovani e Zilu, ex de Zezé Di Camargo).

    "Saiba detalhes sobre o novo affair de Dilma", dizia manchete do site, que cita "duas fontes que preferem não ser identificadas". O homem que "não para de falar da petista", como descreveu o RD1, é um historiador brasilianista de 65 anos. Ele participou de ao menos um protesto em Nova York contra o impeachment daquela que, um ano depois, seria sua amiga. À Folha, por e-mail, refutou o relacionamento em duas palavras: "Que bobagem!".

    Os dois se conheceram em 2016. Historiadores foram ao Palácio da Alvorada fazer um desagravo a Dilma, então afastada temporariamente. Green lembrou do dia à "piauí":

    "Estava bem ansioso, como sempre quando falo em português. Tem que acertar o gênero, se é 'o' ou 'a', se tem que usar o subjuntivo"¦ E eu falei da solidariedade internacional, e de como, enquanto ela estava sendo submetida à tortura no Brasil, pessoas nos EUA estavam se mobilizando em solidariedade. Eu estava tão tenso que nem olhava para ela, mas as pessoas comentaram depois que ela estava prestando muita atenção".

    Quando a já ex-presidente fez uma turnê por faculdades dos EUA, em abril, Green foi seu intérprete. Do período vêm fotos que levantaram suspeita sobre o possível romance. Numa delas, Dilma e James se abraçam num restaurante.

    É namoro ou amizade? Bom, Moshe Sluhovsky está "super ciumento", brinca Green. Refere-se ao homem com quem se relaciona há 24 anos.

    "O curioso sobre esse boato é que reflete toda a misoginia que ronda a Dilma. Tem a percepção de que uma mulher não pode ser livre e independente, tem que ter sempre algum homem para apoiá-la. Daí, quando aparece com qualquer pessoa, surge essa especulação imediata sobre um relacionamento romântico se ela vai casar", diz à "Piauí" o professor, que avisa no Facebook: estará no Rio no próximo dia 16, para uma palestra sobre o mineiro Herbert Daniel, "revolucionário e gay", que lutou contra a ditadura brasileira, como Dilma.

    No sábado (6), três dias após ter reportado o caso, o RD1 publicou texto dizendo que Green "nega affair". A chamada: "Não rolou 'match'".

    Reprodução/Facebook
    Dilma e o americano James Green
    Dilma e o americano James Green
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