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    Doria chama Lula de covarde, mas quer que petista dispute eleição

    MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
    DE NOVA YORK

    14/05/2017 17h40

    Nelson Antoine/Agif/Folhapress
    O prefeito de São Paulo, João Doria, vai de ônibus até a prefeitura no centro da cidade, nesta segunda-feira (6). O prefeito fez uma viagem do terminal Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte, até o terminal Bandeira próximo ao prédio da administração.
    O prefeito João Doria durante caminhada em São Paulo

    "O Lula, além de mentiroso, é um ator". Foi assim que o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), reagiu neste sábado (13), em Nova York, a um pedido para avaliar o depoimento prestado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz Sergio Moro, na quarta-feira da semana passada, em Curitiba.

    Numa conversa com jornalistas na cidade norte-americana, onde inicia neste domingo (14) um tour para promover São Paulo e oferecer oportunidades de negócios para investidores, Doria disse que Lula "mente com uma convicção que impressiona; até um professor de atores ficaria impressionado como ele é capaz de encenar, mentir e tentar convencer".

    O prefeito paulistano afirmou que no depoimento à Justiça Lula se revelou "mais uma vez um covarde".

    "Alguém que qualifica parte de seu depoimento e transfere a qualificação disso para a esposa, que está morta e enterrada, é porque não tem coragem de fazer sua própria defesa", disse.

    Na opinião do tucano, o petista transferiu "para sua falecida esposa responsabilidades sobre entendimentos, visitas, solicitações, vantagens e benefícios como se ele não fosse casado com ela e como se ele não soubesse".

    Apesar de manifestar suas convicções sobre a participação do ex-presidente em esquemas de corrupção, Doria disse que seria melhor que Lula pudesse participar das eleições do ano que vem.

    Caso o ex-presidente venha a ser impedido, por força de condenações, a candidatar-se em 2018, Doria acredita que ele irá explorar sua "martirização" por muitos anos, "dizendo que foi vítima de um golpe patrocinado pela Justiça brasileira".

    "Que dispute a eleição e na sequência pague por aquilo que a Justiça determinar, porque ele será derrotado; institucionalmente, para o país, seria bom que a grande derrota de Luiz Inácio Lula da Silva fosse na eleição, porque aí sepultamos por completo essa vitimização".

    Em Nova York, na próxima terça-feira (16) Doria vai receber o prêmio Person of the Year, da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.

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