• Poder

    Sunday, 05-May-2024 18:57:55 -03

    Em premiação em Nova York, Doria é saudado como possível candidato

    CATIA SEABRA
    EM NOVA YORK
    PAULO GAMA
    ENVIADO ESPECIAL A NOVA YORK
    MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
    DE NOVA YORK

    17/05/2017 00h40

    Na noite desta terça-feira (16), o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), foi homenageado em jantar de gala, em Nova York, numa cerimônia que marcou a entrega do prêmio Homem do Ano ("Person of the Year"), oferecido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.

    O evento teve ares de apoio à candidatura do tucano à Presidência, em 2018.

    Em discurso para cerca de mil convidados, Doria citou repetidamente o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também presente ao evento, e atacou o ex-presidente Lula "e asseclas", ocasião em que foi aplaudido.

    As menções a Alckmin não estavam em versão de seu discurso apresentada por sua assessoria. Durante a tarde, Doria havia defendido, em entrevista à agência Bloomberg, que a escolha do candidato do PSDB ao Planalto fosse feita por meio de um processo interno da sigla. Questionado se aceitaria a indicação do partido, respondeu: "Respeitando a democracia, por que não?. A frase foi motivo de conversas entre os presentes.

    O publicitário Nizan Guanaes leu uma carta na qual o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diz que o prefeito paulistano tem "inegável capacidade de comunicação". "Gestos e palavras são meios adequados para ser a chave da política contemporânea", escreveu o ex-presidente.

    Guanaes acrescentou que Doria não é apenas o homem do ano, "mas o homem dos anos que estão por vir". Foram exibidos vídeos da vitória na eleição municipal do ano passado. O presidente Michel Temer também enviou uma saudação pelo prêmio.

    O jantar reuniu pesos-pesados do setor financeiro, como Murilo Portugal, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, Roberto Setubal, acionista e presidente do Conselho do Itaú, e Sérgio Rial, presidente do Santander no Brasil. Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, também participou da homenagem.

    Em sua fala, Doria prometeu uma "grande virada" na cidade a partir da efetivação de seu amplo programa de privatizações. Entre os bens que podem ser vendidos ou concedidos à iniciativa privada citou "autódromo, centro de convenções, serviço funerário, mercados municipais, terminais de ônibus, estádio de futebol, terrenos e propriedades inúteis".

    "Esperamos arrecadar mais de US$ 2,5 bilhões com a venda e concessão desses ativos", estimou. O tucano assumiu o compromisso de destinar os recursos a um fundo municipal voltado para investimentos "prioritariamente em saúde, educação, habitação popular, serviços e obras para a cidade".

    O jornalista PAULO GAMA viajou a convite do Lide

    Reprodução/Facebook/joaodoria
    Mike Bloomberg, ex-prefeito de New York e o prefeito de São Paulo, João Dória
    Mike Bloomberg, ex-prefeito de New York, e o prefeito, João Doria, em Nova York

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024