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    Lava Jato

    Análise

    Prisão de Andrea Neves deixa Aécio acéfalo e encerra ciclo de poder do tucano no PSDB

    DANIELA LIMA
    EDITORA DO "PAINEL"

    18/05/2017 09h44

    A prisão de Andrea Neves, por si só, já é uma bomba para seu irmão Aécio (PSDB-MG), agora afastado do Senado e sob risco de encarceramento. Ela sempre foi o cérebro e o coração da carreira política do tucano.

    Tinha influência sobre todo o grupo de apoio do mineiro.Influenciou a comunicação de todas as campanhas de Aécio, de seu governo à frente de Minas e dos aliados que o sucederam nas disputas pelo Estado, como o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).

    Divulgação
    Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG)
    Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG)

    Sua prisão deixa Aécio órfão e acéfalo sob tiroteio jamais imaginado pelos aliados mais próximos. A única certeza é de que o ato encerra um ciclo de poder do mineiro à frente do PSDB, que deve se afastar de Aécio para evitar "a extinção do partido".

    A informação de que a entrega de dinheiro a um parente dos Neves havia sido filmada pela PF já dava margem para especulação sobre o pedido de prisão de Aécio ainda na noite desta quarta (17). Aliados conjecturaram o que teria levado o senador a um gesto tão arrojado em tempos de Lava Jato.

    Aécio sabia que estava sob a mira dos investigadores. Se cercava de cuidados para falar ao celular. Escondia telefones dentro de gavetas para conversas privadas. Caiu no grampo do empresário Joesley Batista num hotel em São Paulo.

    Parte de sua equipe da campanha presidencial encerrou a noite de quarta-feira às lágrimas. Descobriram, nesta quinta, que o pior não havia começado.

    Operação Patmos - Alvos de mandado de prisão nesta quinta-feira (18/05)

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