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    Cotado para o Planalto, Doria se diz perplexo sobre revelações da Lava Jato

    ARTUR RODRIGUES
    DE SÃO PAULO

    18/05/2017 17h56

    Em um discurso com tom nacional, o prefeito da cidade de São Paulo João Doria (PSDB) afirmou nesta quinta-feira (18), em suas redes sociais, que as revelações recentes da Lava Jato são "muito graves" e que está "perplexo".

    Apesar de não citar nomes, o tucano se pronunciou após a revelação da delação premiada da JBS, que inclui gravações de Joesley Batista, um dos sócios do frigorífico JBS, em conversas que comprometem o presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB).

    Cotado para disputar a presidência, Doria adotou um discurso voltado ao país e usou a hashtag #UnidosPeloBrasil.

    O tucano afirmou que o momento exige serenidade e respeito à Constituição. E defendeu a continuidade das reformas.

    Ele afirmou que elas são "fundamentais para gerar crescimento e emprego" e "apontam para um cenário econômico mais confiável".

    "Neste momento, temos que defender o Brasil. Devemos todos ter serenidade para que as medidas que visam devolver o país para o rumo do crescimento não sejam paralisadas", disse.

    O tucano afirmou ainda no vídeo que, por ser brasileiro e ter escolhido viver no país, quer que os filhos dele e dos brasileiros tenham orgulho do país. Segundo ele, isso "é mais que possível."

    Arquivo Pessoal
    Doria com Rodrigo Rocha Loures
    João Doria (à dir.) com o deputado Rodrigo Rocha Loures, filmado com mala de R$ 500 mil

    VIAGEM

    O pronunciamento foi o primeiro após viagem a aos Estados Unidos, em que Doria recebeu um prêmio oferecido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, na terça (16).

    Em entrevista à agência de notícias Bloomberg durante a viagem, Doria afirmou que concorreria à Presidência da República se fosse escolhido pelas prévias do PSDB para disputar o cargo.

    O tucano defendeu que a escolha do candidato do PSDB ao Planalto seja feita por meio de um processo interno da sigla e, questionado se aceitaria a indicação do partido, respondeu: "Respeitando a democracia, por que não?".

    Em seguida, Doria procurou seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que também pretende disputar o cargo, para se explicar.

    O deputado federal Rocha Loures (PMDB-PR), ligado a Temer e acusado de receber propina, estava na mesma viagem que os dois tucanos. Ele participou de jantar de gala em que o prefeito de São Paulo, João Doria, recebeu o prêmio Homem do Ano ("Person of the Year)

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