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    Lava Jato

    Joaquim Barbosa diz que brasileiros devem ir às ruas por saída de Temer

    DE SÃO PAULO

    19/05/2017 09h24 - Atualizado às 09h39

    Keiny Andrade-10.abr.2017/Folhapress
    Joaquim Barbosa na abertura do Fórum Conformidade nos Negócios, em São Paulo

    O ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa afirmou nesta sexta-feira (19) que os brasileiros devem ir às ruas e pedir a renúncia do presidente Michel Temer.

    "Não há outra saída: os brasileiros devem se mobilizar, ir para as ruas e reivindicar com força a renúncia imediata de Michel Temer", afirmou Barbosa, em sua conta no Twitter.

    Joaquim Barbosa disse ainda que as notícias que vieram a público nesta quinta-feira (18) com a delação de um dos donos da JBS, Joesley Batista, são estarrecedoras e gravíssimas. "Agora vieram a público as estarrecedoras revelações do sr Joesley Batista sobre o mesmo personagem, Temer. São fatos gravíssimos."

    O ex-presidente do STF disse que a classe política, o empresariado e parte da mídia "se incumbiram de minimizar a gravidade dos fatos". "O Palácio do Jaburu para pedir propina a um empresário seria um motivo forte o bastante para se desencadear um clamor pela sua renúncia", afirmou em sua conta na rede social.

    Joaquim Barbosa

    'NÃO RENUNCIAREI'

    Diante da crise gerada pela gravação de suas conversas com com o empresário Joesley Batista, do frigorífico JBS, e de abertura de inquérito em seu nome no Supremo, o presidente Michel Temer (PMDB) afirmou que não renunciará. "Não renunciarei. Repito: não renunciarei", disse.

    "Sei o que fiz e sei a correção dos meus atos", declarou, em discurso duro.

    O áudio da conversa em que, segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), Temer deu aval a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) veio a público e é inconclusivo.

    O sigilo das gravações foi derrubado pelo ministro do STF Edson Fachin. No trecho, Joesley diz que "zerou tudo", referindo-se a pendências com Cunha. Na sequência, resume o quadro: "O que que eu mais ou menos dei conta de fazer até agora. Eu tô de bem com o Eduardo, ok?".

    Nesse momento, Temer concorda: "Tem que manter isso, viu?". Joesley complementa: "Todo mês".

    Outro trecho revela, porém, que o peemedebista tomou conhecimento de plano para interferir em investigação. Ao ouvir a estratégia, Temer respondeu: "Ótimo".

    O executivo disse que estava "dando conta" de dois juízes, os quais não se identificou, e que conseguiu colocar um procurador "dentro da força-tarefa" da Operação Greenfield. Ao deixar de informar as autoridades sobre o fato, o presidente cometeu, em tese, o crime de prevaricação.

    Possibilidades para a saída de Temer

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