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    Lava Jato

    Doria pede 'bom senso' e defende que PSDB permaneça no governo Temer

    ROGÉRIO PAGNAN
    DE SÃO PAULO

    20/05/2017 10h15

    William Volcov/Brazil Photo Press/Folhapress
    Prefeito de SP, João Doria (PSDB), na cerimônia de entrega do troféu de "O Homem do Ano", em Nova York (EUA), na noite desta terça
    João Doria na entrega do troféu de "O Homem do Ano", em Nova York, na noite de terça-feira (16)

    O prefeito de São Paulo, João Doria, defendeu na manhã deste sábado (20) a permanência do seu partido, o PSDB, na base de apoio do governo Michel Temer (PMDB) e clamou por "bom senso e equilíbrio" para "proteger o país".

    Sem citar o nome do presidente, envolvido em escândalo de corrupção pelos sócios da JBS, o tucano afirmou que não se pode "jogar tudo para o alto" por conta da nova crise política.

    "O PSDB não deve romper com o Brasil. O PSDB deve ter equilíbrio. Numa situação como essa, bom senso, equilíbrio, serenidade, são fundamentais", disse o prefeito após participar de uma ação de zeladoria da prefeitura na zona sul da capital.

    "O país precisa sobreviver. A economia precisa sobreviver. As reformas precisam sobreviver. Por quê? Porque a população que mais sofre são os 14 milhões de brasileiros que estão desempregados. A desestabilidade econômica por força de uma ruptura pode prejudicar ainda mais esses 14 milhões de desempregados, e aqueles que estão subempregados e que vivem no sofrimento."

    Questionado pela Folha se não considerava os fatos tornados públicos tão graves para um rompimento, Doria disse que se deve deixar para Justiça a punição das irregularidades e seguir condução das reformas.

    "É grave, gravíssimo [o que foi tornado público], mas é preciso considerar que nós temos a situação econômica que exige responsabilidade dos deputados e senadores para seguir na votação e na aprovação das reformas, e obviamente seguir aquilo que o Judiciário vem fazendo: investigar, dar direito de plena defesa e, havendo culpa, apenar. Seja quem for, de que partido for. É preciso que a Justiça se sobreponha a qualquer interesse partidário, ideológico, e que ela seja feita em nome do povo brasileiro."

    Isso também vale para o Aécio Neves?, questionou a reportagem, sobre o presidente do PSDB afastado do comando da legenda por suspeita de corrupção.

    "Vale para todos, indistintamente, a regra é clara, o objetivo claro, o Brasil está sendo passado a limpo", afirmou.

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