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    Lava Jato

    STF só julgará pedido de Temer para suspender investigação após perícia

    LETÍCIA CASADO
    DE BRASÍLIA

    22/05/2017 15h37 - Atualizado às 16h04

    Pedro Ladeira - 3.nov.2016/Folhapress
    Em crise financeira, prefeitos pedem a Cármen Lúcia agenda fixa com STF
    A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal

    A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, determinou nesta segunda (22) que o plenário da corte vai julgar o pedido da defesa do presidente Michel Temer apenas depois que a perícia no áudio entregue por Joesley Batista for finalizada.

    No despacho, a ministra afirma que a condição foi pedida pelo relator da Lava Jato, ministro Edson Fachin.

    A Polícia Federal já recebeu os áudios da delação premiada firmada pela JBS para analisar se houve corte ou edição nas gravações, porém disse que não há prazo para conclusão da perícia.

    No material entregue está uma conversa entre Joesley Batista, um dos donos do grupo, e Michel Temer. Ele gravou uma conversa com o presidente realizada no palácio do Jaburu, em Brasília, na noite de 7 de março deste ano. O encontro não constava na agenda do presidente.

    No despacho, a ministra afirma que Fachin condicionou o encaminhamento do pedido ao plenário à conclusão da perícia, além de pedir para as partes se manifestarem sobre o resultado da análise.

    "A primeira sessão do plenário deste Supremo Tribunal, na qual será apresentada a questão de ordem —providência que desde já defiro– depende, portanto, nos termos do despacho do ministro relator 'do integral cumprimento' da diligência determinada", escreveu Cármen Lúcia.

    Ela destaca que "a gravidade e urgência" a conduzem a liberar a pauta para o julgamento, após o cumprimento dessas etapas.

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    Entenda o vaivém dos áudios

    7.mar
    Joesley Batista, um dos donos do grupo JBS, grava conversa com Temer no Palácio do Jaburu

    7.abr
    Joesley apresenta gravações à Procuradoria-Geral da República (PGR)

    17.mai (quarta)
    Jornal "O Globo" publica o conteúdo dos áudios, desencadeando crise no governo

    18.mai (quinta)
    Após pedido da PGR, ministro do STF Edson Fachin autoriza a abertura de inquérito contra Temer, sob suspeita de corrupção, obstrução de justiça e formação de organização criminosa

    20.mai (sábado)
    Defesa de Temer pede ao STF que inquérito seja suspenso até a conclusão de uma perícia no áudio. Fachin autoriza a perícia, mas leva ao plenário do tribunal a decisão sobre a suspensão do inquérito

    21.mai (domingo)
    Polícia Federal diz que recebeu os áudios, mas que não há prazo para término da perícia

    22.mai (segunda)
    Cármen Lúcia, presidente do STF, decide que corte só julgará a suspensão depois que perícia fosse finalizada

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