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    Lava Jato

    Renan Calheiros defende que Temer 'facilite' sua saída do governo

    TALITA FERNANDES
    DE BRASÍLIA

    22/05/2017 19h16 - Atualizado às 20h22

    Renato Costa/FramePhoto/Folhapress
    O presidente do Senado Renan Calheiros comanda sessão extraordinária para discussão da PEC 55/2016, que limita os gastos públicos.
    Renan Calheiros, líder do PMDB do Senado

    O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), defendeu nesta segunda-feira (22) que o presidente Michel Temer "facilite a saída dele" para acalmar a crise política.

    O senador divulgou um vídeo criticando a iniciativa da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), de pedir o impeachment de Temer, e disse estar convicto de que o presidente "compreenderá seu papel e ajudará na construção de uma saída".

    Procurado sobre o conteúdo do vídeo, o senador esclareceu que, por uma saída, defende que o próprio presidente da República "facilite" sua saída.

    Para o peemedebista, um novo processo de impeachment pioraria o cenário atual. "O impeachment, como vocês sabem, não traz consigo uma solução para a crise. Pior, pode agravá-la. Falo isso com a responsabilidade de quem conduziu o processo anterior", disse.

    Ainda no vídeo, o senador defendeu que sejam realizadas em 2018, junto às eleições, uma "Assembleia Nacional Constituinte".

    Um interlocutor disse à reportagem que o senador passou o dia conversando com aliados sobre as possíveis saídas para o país. Aos que o procuraram, Renan teria dito que defende a saída imediata de Temer "seja pelo TSE, seja por renúncia negociada".

    PRISÃO

    No fim de semana, Renan soltou uma nota afirmando que "mandaria prender" quem o procurasse para tratar de pagamento de vantagens indevidas.

    A manifestação foi feita em defesa do senador à acusação feita por Ricardo Saud, ex-diretor de Relações Institucionais da JBS, de que os dois trataram de propina e Caixa 2.

    A fala de Renan foi uma crítica indireta a Temer, que ouviu do empresário Joesley Batista a prática de atos para frear investigações contra ele na Justiça.

    Em pronunciamento no último sábado (20), o presidente da República disse não ter encaminhado os relatos de atos criminosos do empresário por não acreditar em "fanfarronices" de um "falastrão".

    Os possíveis crimes de Temer

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