• Poder

    Saturday, 04-May-2024 10:16:14 -03

    Lava Jato

    Ato contra Temer em Brasília terá revista policial e caravanas

    ANGELA BOLDRINI
    DE BRASÍLIA

    23/05/2017 16h56

    Pedro Ladeira - 28.abr.2017/Folhapress
    Brasilia, DF, Brasil, 28/04/2017: Manifestantes fazem protesto contra o governo Temer e contra a reforma trabalhista e da previdencia na esplanada dos ministerios. Foto: Pedro Ladeira/Folhapress
    Manifestantes fazem protesto contra o governo Temer e contra as reformas trabalhista e previdenciária

    As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, as centrais sindicais, movimentos estudantis e sindicatos de policiais civis e federais farão nesta quarta-feira (24) uma manifestação em Brasília contra o governo de Michel Temer (PMDB) e pela convocação de eleições diretas.

    A expectativa dos movimentos é de que 70 mil pessoas compareçam à manifestação, que começará às 11h em frente ao estádio Mané Garrincha —cuja construção foi alvo de operação da Polícia Federal nesta terça-feira (23).

    De acordo com o governo do Distrito Federal e com organizadores, devem chegar à capital entre 500 e 600 ônibus de militantes vindos de diversas regiões do país. O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), principal participante da Povo Sem Medo, diz ter mobilizado 90 ônibus de militância.

    "A avaliação é que esse governo ilegítimo agora perdeu a capacidade política de governar", afirmou na Câmara o coordenador do MTST e da Povo Sem Medo Guilherme Boulos.

    Líderes de movimentos sociais se encontraram com parlamentares da oposição na tarde de terça para organizar apoio ao ato e às diretas dentro do Congresso.

    A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal montou esquema especial de segurança para a manifestação, que deve incluir revista de todos os manifestantes, na altura da Catedral Metropolitana.

    Serão proibidos itens como garrafas, hastes de bandeiras, latas, sprays e objetos perfurantes. Também não serão permitidas máscaras de qualquer tipo, incluindo-se equipamentos de segurança contra gás lacrimogêneo.

    Armas de fogo também não permitidas, porém a presença de policiais, que têm prerrogativa de porte de armas, pode gerar impasse. Entidades ligadas à categoria afirmam que deve ser feito acordo com a organização para possibilitar a entrada dos policiais armados.

    UNIFICAÇÃO

    A manifestação inicialmente havia sido convocada contra as reformas da Previdência e trabalhista, por não haver consenso entre as centrais sindicais a respeito do governo Temer.

    Após a revelação do áudio gravado entre Joesley Batista e Temer, na semana passada, a Força Sindical, do deputado Paulinho da Força (SD-SP), parte da base do governo, decidiu se unir ao "fora, Temer".

    Eles chegaram a participar da convocação dos atos de domingo (21), que foram esvaziados em todo o país.

    CÂMARA

    A Câmara dos Deputados também adotou protocolo especial de segurança. Diversos pontos de acesso serão fechados e as visitas institucionais suspensas.

    "As medidas de Rodrigo Maia demonstram que instalaram quase um estado de sítio", disse o deputado da oposição Ivan Valente (PSOL-SP).

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024