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    Lava Jato

    'Permaneço no ministério', diz ministro de Minas e Energia

    DANIEL CARVALHO
    DE BRASÍLIA

    23/05/2017 17h43

    Alan Marques/Folhapress
    Fernando Coelho Filho, ministro de Minas e Energia,
    Fernando Coelho Filho, ministro de Minas e Energia,

    O ministro Fernando Filho divulgou nesta terça-feira (23) mensagem nas redes sociais afirmando que decidiu permanecer à frente do Ministério de Minas e Energia, apesar de seu partido, o PSB, ter deixado a base do governo e partido para a oposição ao presidente Michel Temer.

    "A saída do ministério, como orienta meu partido, não contribui para a construção de saída para a crise que enfrentamos. A melhor contribuição que devo dar ao país é o meu compromisso com a missão que me foi atribuída. Por isso, permaneço no ministério", disse Fernando, filho do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE).

    No sábado (20), cúpula do PSB decidiu pedir a renúncia de Temer para "acelerar a solução da crise de governabilidade já instalada". O partido assinou também um pedido de impeachment do peemedebista.

    Apesar da insatisfação com o governo Temer, o PSB não incluiu no documento redigido pela executiva nacional do partido qualquer menção à permanência do ministro no cargo. A cúpula da legenda afirma que Fernando Filho não foi uma indicação partidária.

    Questionado pela Folha, o ministro não informou se deixará o PSB.

    Na mensagem, que também foi enviada à bancada do partido no Congresso, Fernando Filho diz que o momento exige "responsabilidade e equilíbrio".

    "Ouvi o presidente da República, ouvi companheiros do Congresso Nacional, ouvi a minha equipe, ouvi o setor e ouvi a minha consciência. Mais do que gestos políticos, o momento exige coragem e atitude. Exige lealdade", afirmou Filho no comunicado.

    O PSB é a sétima maior bancada da Câmara, com 35 deputados. No Senado, empata com o PP como quarta maior bancada, com sete senadores.

    Apesar do fechamento de questão contra as reformas trabalhista e da Previdência, 14 dos 30 deputados votaram a favor das alterações na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), em 26 de abril.

    O governo calcula ter 14 ou 15 votos do PSB a seu favor.

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