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    Alckmin diz a Temer que PSDB apoia reformas e permanece no governo

    IGOR GIELOW
    DE SÃO PAULO

    03/06/2017 14h37

    Alexandre Carvalho/A2img
    SAO PAULO , SP 26.05.2017 , BRASIL , O Governador do Estado de Sao Paulo Geraldo Alckmin, participou da Assinatura do Dejem Ambiental Início de Operacao das Placas Fotovoltaicas do Parque Villa Lobos. Foto: Alexandre Carvalho/ A2 img ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que busca evitar rompimento do PSDB com Temer agora

    Em reunião com o presidente Michel Temer (PMDB), o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) repetiu que a posição de seu partido será a de seguir apoiando as reformas econômicas e que qualquer discussão sobre desembarque do governo só ocorrerá mais à frente.

    Temer pediu o encontro com Alckmin, que estava em agenda no noroeste paulista, para a noite de sexta (2). Conversaram por cerca de uma hora no Palácio dos Bandeirantes, e o presidente repassou os argumentos de sua defesa sobre as acusações a que responde em inquérito no Supremo Tribunal Federal —ele foi envolvido na Operação Lava Jato a partir da delação dos donos da JBS, e foi gravado pelo empresário Joesley Batista, que falava sobre obstrução de Justiça e pedia favores.

    Segundo interlocutores do governador, o clima de Temer foi de "desabafo". Alckmin, por sua vez, defendeu que o PSDB mantenha o apoio ao governo, que enfrentará o julgamento da chapa que elegeu o peemedebista no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a partir da terça (6).

    Desde quinta (1), Alckmin vem operando para baixar a intensidade da rebelião de tucanos paulistas contra a permanência na base do Planalto. Uma reunião marcada para a segunda (5) vai discutir a posição do Diretório Estadual da sigla, mas Alckmin orientou seus aliados para que nenhuma posição radical seja tomada agora.

    O governador, segundo aliados, está preocupado com o vácuo do poder e as eleições indiretas que ocorreriam caso Temer seja cassado. Avalia que seria mais difícil a construção de uma candidatura sua à Presidência em 2018, não menos porque hoje o favorito no Congresso para as indiretas é Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara.

    O DEM dificultaria a formação de uma chapa azeitada por Alckmin, caso o governador consiga sair ileso da investigação que a Lava Jato faz sobre acusações de caixa dois em suas campanhas. Neste caso, o aliado de Alckmin João Doria (PSDB), prefeito de São Paulo, poderia ser o plano B do seu grupo.

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