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A ex-presidente Dilma, ao participar de conferência na abertura do Salão do Livro Político na PUC-SP |
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Poder
Sunday, 05-May-2024 15:55:34 -03Aguardemos a Justiça, diz Dilma sobre retomada de julgamento no TSE
VENCESLAU BORLINA FILHO
DE SÃO PAULO05/06/2017 20h03
Aguardemos a Justiça. Foi assim que a ex-presidente Dilma Rousseff se manifestou nesta segunda-feira (5) sobre a retomada, prevista para esta terça (6), do julgamento que pode cassar a chapa que a elegeu junto do atual presidente Michel Temer.
Perguntada por jornalistas sobre as expectativas quanto ao julgamento e a possibilidade de ter os direitos políticos cassados por até oito anos, assim como a saída de Temer do poder, Dilma se limitou à resposta: "Aguardemos a Justiça".
Diante da insistência, Dilma falou: "Assista à minha palestra que você vai saber o que eu acho [sobre a possível cassação de Michel Temer]". Perguntada se esse seria o tema da palestra, Dilma disse que falaria sobre a vida, "que está difícil pra todos".
A ex-presidente participa na noite desta segunda da abertura do 3° Salão do Livro Político, que acontece no teatro Tuca (Teatro da Pontifícia Universidade Católica), em São Paulo. Ela dará uma palestra sobre "a crise brasileira".
O Tuca é reconhecido como trincheira contra a ditadura brasileira. O teatro serviu de abrigo para diversos foragidos políticos e sofreu dois incêndios. Marcas dos incêndios permanecem até hoje nas paredes do local, como lembrança daquele período.
Dilma chegou acompanhada de apenas uma assessora. Foi cumprimentada por jovens e recebida por organizadores do evento. Entrou despercebida pelo teatro, mas em seguida foi cercada por participantes para fotos e selfies.
O julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) está previsto para ser iniciado às 19h, com a leitura do relatório pelo ministro Herman Benjamin. Em seguida, advogados de defesa e acusação e o Ministério Público Eleitoral têm 15 minutos para sustentação oral.
O julgamento prossegue por até mais dois dias, 7 e 8, com o voto do ministro-relator Benjamin e dos outros seis integrantes da corte, entre eles o presidente Gilmar Mendes.
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