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    Lava Jato

    Eduardo Cunha contrata novo advogado para defesa na Lava Jato

    DE SÃO PAULO

    16/06/2017 17h23

    Eraldo Peres/Associated Press
    FILE - In this Sept. 12, 2016 file photo, Brazil's former President of the Chamber of Deputies Eduardo Cunha takes a break during the presentation of his defense at the Chamber of Deputies in Brasilia, Brazil. Cunha, who's in custody awaiting trial in a corruption case, has told a court that he has a brain aneurism. But on Wednesday, Feb. 8, 2017, prison official Luiz Alberto Cartaxo de Moura says Cunha refused tests. (AP Photo/Eraldo Peres, File) ORG XMIT: XLAT101
    O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato

    O ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) contratou o advogado Délio Lins e Silva Júnior para integrar a equipe que o defende nos processos no âmbito da Operação Lava Jato. A notícia foi divulgada pelo jornal "Valor Econômico".

    Segundo a publicação, o advogado foi contratado para liderar a negociação de um acordo de delação premiada do ex-deputado. Cunha está preso em Curitiba desde outubro do ano passado.

    Lins e Silva defendeu Diogo Ferreira, que foi chefe de gabinete do ex-senador Delcídio do Amaral e fechou acordo de delação premiada na Lava Jato. O advogado, no entanto, disse a Folha que não foi contratado com esse objetivo dessa vez. Ele disse que foi procurado pela família do ex-deputado para integrar a equipe de advogados que atua nos vários processos contra o ex-presidente da Câmara. Agora são três escritórios na defesa de Cunha.

    O principal operador financeiro de Eduardo Cunha, Lúcio Bolonha Funaro, está negocia um acordo em que promete contar o que sabe sobre pagamentos de propina e lavagem de dinheiro envolvendo políticos, sobretudo do PMDB. Funaro está preso em Brasília.

    Uma pessoa próxima a Eduardo Cunha disse que a eventual delação do ex-deputado tem potencial para implodir o modelo político. Eduardo Cunha é acusado de receber propina em negócios feitos na Petrobras e também de comandar um esquema de cobrança de suborno de empresários que tinham interesse em verbas do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS).

    Cunha também é um dos políticos mais próximos do presidente Michel Temer. Foi citado em conversa gravada por Joesley Batista com Temer em que o empresário diz que pagava uma mesada para manter o silêncio de Cunha e Funaro na prisão.

    Em duas ocasiões o ex-deputado arrolou Temer como testemunha em seus processos e enviou ao presidente perguntas sobre doações de campanha e relações com empresários presos na Lava Jato.

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