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    Lava Jato

    Fachin diz que nenhum juiz condena por ódio

    LETÍCIA CASADO
    DE BRASÍLIA

    23/06/2017 12h25

    Mateus Bonomi/Agif/Folhapress
    O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante sessão no plenário do STF
    O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot

    O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), disse nesta sexta (23) que o sistema penal não é a resposta para todos os problemas do país e que "nenhum juiz condena por ódio".

    "Não se pode demonizar a política. Não será o sistema penal punitivo a resposta de todos os males", afirmou, durante evento no tribunal.

    "Nos dias correntes, a propósito, permito-me trazer a lição do eminente Ministro Cesar Peluso, a quem muito estimo e admiro, segundo o qual nenhum juiz verdadeiramente digno de sua vocação condena ninguém por ódio", afirmou o ministro.

    Ele citou ainda outra frase de Peluso: "Nada constrange mais um magistrado do que ter que, infelizmente, condenar um réu em matéria penal".

    Fachin destacou grande volume de processos na corte: apenas em seu gabinete tramitam 117 inquéritos vinculados à Lava Jato, além de outros 25 que ainda não foram redistribuídos, o que totaliza 142 procedimentos.

    No primeiro semestre, seu gabinete registrou 576 incidentes processuais derivados de processos penais (como petições, por exemplo), além de ações penais, cautelares, extradições e prisões, afirmou o ministro.

    Portanto, disse Fachin, "as instituições estão a funcionar, não há que se falar crise institucional no Brasil". "Pode orgulhar-se o Brasil da democracia que tem e que exercita", afirmou.

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