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    Lava Jato

    Deputado anti-Temer sacado da CCJ diz que foi tratado como 'corno'

    RANIER BRAGON
    DE BRASÍLIA

    27/06/2017 16h35

    Marlene Bergamo - 23.set.2016/Folhapress
    PODER ELEIÇOES- Sao Paulo - Debate promovido pela Folha, UOL e SBT, dos candidatos a Prefeitura de Sao Paulo, Joao Doria (PSDB), Marta (PMDB), Major Olimpio (SD), Carlos Nascimento, Luiza Erundina (PSOL), Fernando Haddad(PT) e Celso Russomano (PRB). 23/09/2016 - Foto - Marlene Bergamo/Folhapress - 017
    O deputado Major Olímpio (SD), em debate para a Prefeitura de São Paulo, que disputou em 2016

    Sacado do cargo de titular da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara por seu partido, o Solidariedade, o deputado Major Olímpio (SP) afirmou nesta terça-feira (27) que foi tratado como "corno", o "último a saber", e afirmou que irá votar a favor da denúncia criminal apresentada contra Michel Temer.

    Olímpio, que faz duros ataques ao governo, perdeu a vaga de titular para o líder do partido, o deputado Áureo (SD-RJ).

    A mudança faz parte de uma operação dos governistas para assegurar o apoio a Temer na comissão, que analisará a denúncia criminal apresentada nesta segunda-feira (26) pela Procuradoria-Geral da República.

    "Ficou demonstrada aquela máxima de que o corno é o último a saber. É uma coisa muito chata, fiquei estarrecido", disse Olímpio, afirmando ter sabido da decisão pela imprensa. O Solidariedade diz que a troca nada tem a ver com o caso de Temer.

    Mesmo deslocado para a suplência da comissão, Olímpio compareceu à sessão desta terça-feira (27) e voltou a criticar o governo, de forma enfática: "Safadeza! Vergonha, Temer!". Segundo ele, a "orcrim" —termo que os investigadores usam para se referir a organizações criminosas— que ele diz ter se abrigado sob a chefia de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva continua "mais do que viva" sob Temer.

    A sessão da CCJ desta terça foi tomada por discursos da oposição favoráveis a que a Câmara autorize o prosseguimento da denúncia contra Temer. Inclusive deputados de partidos da base governista, como Betinho Gomes (PSDB-PE).

    "Os deputados vão ter que decidir aqui se afundam junto no barco de Temer ou se resgatam as relações com a sociedade", afirmou a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

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