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    Lava Jato

    Para Planalto, decisões sobre Aécio e Loures ajudam Temer na crise

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    30/06/2017 20h06

    Ueslei Marcelino - 12.mai.2016/Reuters
    FILE PHOTO: Brazil's interim President Michel Temer (R) talks with Senator Aecio Neves during a ceremony where he made his first public remarks after the Brazilian Senate voted to impeach President Dilma Rousseff, at the Planalto Palace in Brasilia, Brazil, May 12, 2016. REUTERS/Ueslei Marcelino/File Photo ORG XMIT: RJO01
    O senador afastado Aécio Neves conversa com o presidente Michel Temer

    No final de uma semana considerada difícil pelo Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer conseguiu nesta sexta-feira (30) o que considera passos importantes a seu favor na crise política.

    No mesmo dia, dois aliados do peemedebista obtiveram vitória no STF (Supremo Tribunal Federal), o que, para auxiliares e assessores presidenciais, pode ajudar o presidente a barrar denúncia contra ele por corrupção passiva.

    Pela manhã, o ministro Marco Aurélio negou a prisão e devolveu o mandato ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dos fiadores do apoio do PSDB à gestão peemedebista.

    À tarde, o ministro Edson Fachin decidiu libertar o ex-assessor presidencial Rodrigo Rocha Loures, sobre o qual havia o receio do presidente de que ele fechasse acordo de delação premiada para deixar a prisão.

    Na avaliação de integrantes do governo, as decisões dão sinalizações ao Congresso de que faltam provas às denúncias feitas pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e que elas são "contra a classe política".

    Além disso, acreditam que o retorno de Aécio ao Senado poderá ajudar na permanência do PSDB na Esplanada dos Ministérios e a evitar traições do partido na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que analisará denúncia contra Temer a partir da semana que vem.

    Como a Folha mostrou, seis do sete tucanos que integram a CCJ votar contra o presidente. A comissão parlamentar é a primeira instância de tramitação da denúncia contra o peemedebista, que depois vai ao plenário.

    A ideia do presidente é votar em plenário nos dias 13 ou 14 de julho, antes do recesso parlamentar, a partir de 18 de julho.

    Pelo calendário esboçado pelo Palácio do Planalto, a defesa do peemedebista utilizaria no máximo três sessões para se pronunciar na CCJ, permitindo que já na quinta-feira (6) começasse o prazo de discussão e aprovação do parecer.

    Para garantir a presença de deputados governistas nas segundas-feiras, o peemedebista convocará reuniões com líderes aliados nos domingos à noite, no Palácio da Alvorada.

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