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    Ministro do STF concede liberdade condicional a banqueira do mensalão

    LETÍCIA CASADO
    DE BRASÍLIA

    30/06/2017 20h19 - Atualizado às 22h40

    Sérgio Lima - 13.set.2005/Folhapress
    BRASÍLIA, DF, BRASIL, 13-09-2005: Escândalo do "Mensalão": a presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, durante depoimento na sub-comissão da CPMI dos Correios, no Senado, em Brasília (DF). Ela afirmou que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza era um "facilitador" de contatos entre a instituição e terceiros. (Foto de Sérgio Lima/Folhapress)
    A ex-presidente do Banco Rural, Kátia Rabello

    O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu liberdade condicional à banqueira Kátia Rabello, principal acionista do Banco Rural.

    Ela foi condenada no mensalão a 14 anos e 5 meses no mensalão pelos crimes de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas.

    Kátia Rabello foi presa em 15 de novembro de 2013 e já cumpriu mais de um terço da pena quando computados os dias descontados por ter trabalhado na prisão.

    Ela cumpriu 3 anos, 6 meses e 30 dias de pena e obteve, pelo trabalho e estudo, a remição de 456 dias.

    Agora, poderá cumprir parte da pena em liberdade condicional. Para manter o benefício, terá que se apresentar periodicamente à Justiça.

    Desde novembro de 2016, ela cumpria pena em regime aberto (com obrigação de recolhimento noturno, por exemplo).

    O ministro argumentou que a banqueira preenche os requisitos necessários para obter o benefício: ela é ré primária, tem bons antecedentes, teve bom comportamento no Complexo Penitenciário Feminino de Belo Horizonte (MG), sem infração disciplinar, e bom desempenho nos trabalhos desenvolvidos, além de já ter cumprido parte da pena em regime fechado.

    Ela também comprovou que está apta a se sustentar –ela tem aposentadoria do INSS.

    A banqueira pagou a multa de R$ 1,7 milhão.

    O Banco Rural emprestou R$ 32 milhões para o PT e o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, e ajudou-os a distribuir o dinheiro do esquema a partidos políticos sem chamar a atenção das autoridades.

    Durante o julgamento do mensalão, o STF concluiu que o Rural usou meios fraudulentos para alimentar o esquema.

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