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    Rocha Loures, ex-assessor de Temer, deixa prisão em Brasília

    LETÍCIA CASADO
    DE BRASÍLIA

    01/07/2017 11h01

    Igo Estrela/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 01-07-2017, 10h00: Ex-assessor de Temer, Rodrigo Rocha Loures saindo da Policia Federal em Brasilia DF. (Foto: Igo Estrela/Folhapress, PODER)
    Rocha Loures (à dir.), ex-assessor de Michel Temer, deixa carceragem da PF em Brasília

    O ex-assessor do presidente Michel Temer Rodrigo Rocha Loures deixou a carceragem da Polícia Federal em Brasília na manhã deste sábado (1).

    Ele estava preso desde 3 de junho e foi solto sob determinação do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal).

    O ex-assessor foi escoltado pela Polícia Federal até sua residência, uma mansão no Lago Sul, área nobre da capital.

    Fachin impôs medidas cautelares alternativas à prisão de Rocha Loures.

    Ele deverá cumprir recolhimento domiciliar noturno entre 20h e 6h e aos sábados, domingos e feriados, quando usará tornozeleira eletrônica.

    Ele também está proibido de manter contato com qualquer investigado, réu ou testemunha relacionadas à investigação.

    Rocha Loures não pode sair do país e deve entregar o passaporte em 48 horas, além de ter que se apresentar à Justiça quando requisitado.

    No dia 26 de junho, a PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou Rocha Loures e o presidente Michel Temer pelo crime de corrupção passiva. Fachin enviou a denúncia para a Câmara apreciar.

    De acordo com a PGR, Rocha Loures intermediou e Temer foi o destinatário final de uma mala contendo propina de R$ 500 mil e de uma promessa de outros R$ 38 milhões em vantagem indevida, ambas da empresa JBS.

    Fachin apresentou basicamente três argumentos para embasar sua decisão: que Rocha Loures deve ter o mesmo tratamento dado a outros investigados; que as medidas cautelares determinadas são suficientes para eliminar o risco à reiteração criminosa; e que a denúncia contra ele está esperando resposta da Câmara dos Deputados.

    O ex-assessor foi com agentes da PF de Brasília a Goiânia para instalar a tornozeleira eletrônica.

    Monitorar o uso de tornozeleira não é atribuição da Polícia Federal –normalmente quem faz esse tipo de acompanhamento é a vara de execução penal e os departamentos penitenciários dos estados.

    Para o caso de Rocha Loures, a solução técnica foi fechar uma parceria com a secretaria de segurança pública de Goiás, já que não há o equipamento no Distrito Federal.

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