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    Lava Jato

    De volta ao Senado, Aécio deve articular apoio a Temer

    BRUNO BOGHOSSIAN
    TALITA FERNANDES
    DE BRASÍLIA

    03/07/2017 02h00

    Ueslei Marcelino - 12.mai.2016/Reuters
    JBS comprou apoio de partidos para Aécio por R$ 50 mi, diz delator
    Aécio Neves e Michel Temer em 2016

    Com o retorno de Aécio Neves (PSDB-MG) ao Senado por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), tucanos veem a ala que defende a permanência do partido no governo ganhar força.

    O presidente interino do partido, senador Tasso Jereissati (CE), além de deputados da ala mais jovem, vêm defendendo uma ruptura com o Palácio do Planalto.

    A volta de Aécio à atividade política pode modificar esse cenário, já que tucanos contam com a possibilidade de ele retomar as articulações pela manutenção do apoio do PSDB ao presidente Michel Temer.

    Alguns tucanos já defendem inclusive que Aécio reassuma a presidência do partido, da qual se licenciou em maio, quando foi afastado das funções públicas pelo Supremo.

    Tasso e seus aliados trabalhavam pela antecipação de uma convenção da sigla para torná-lo presidente em definitivo. Isso daria mais força para um maior distanciamento entre tucanos e o PMDB.

    Na última semana, Tasso se queixou a aliados da atitude do líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), que apareceu ao lado de Temer em pronunciamento feito após ser denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

    Aécio se reuniu com o ministro Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) na tarde desta sexta-feira (30). Ele também conversou com outros tucanos por telefone.
    Na próxima semana, a presença de Aécio é esperada, inclusive, no almoço da bancada do Senado, que acontece todas as terças-feiras.

    Ele estuda fazer um pronunciamento da tribuna.

    Entre os tucanos há um constrangimento sobre o comando do partido. Embora a bancada mineira e aliados de Aécio defendam seu retorno, um grupo teme que uma posição do senador em destaque possa contaminar o partido devido às acusações que pesam contra ele na Lava Jato e no caso JBS.

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