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    Em ofensiva sobre indecisos, Temer se reúne com parlamentares da CCJ

    DE BRASÍLIA

    04/07/2017 12h42 - Atualizado às 13h01

    Marcos Correa/PR
    O presidente Michel Temer recebe deputados no Planalto
    O presidente Michel Temer recebe deputados no Planalto

    O presidente Michel Temer iniciou nesta terça-feira (4) uma ofensiva pessoal para tentar barrar denúncia contra ele por corrupção passiva na Câmara dos Deputados.

    Ele recebeu pela manhã dois titulares da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) que se declaram indecisos em enquete feita pela Folha: Ronaldo Fonseca (Pros-DF) e Evandro Gussi (PV-SP). O segundo é, inclusive, cotado para o posto de relator.

    Como a reportagem mostrou, pelos cálculos do Palácio do Planalto, o peemedebista só tem garantidos 30 de 66 votos na comissão, menos do que o necessário para garantir um relatório favorável contra a denúncia por corrupção passiva na comissão parlamentar. A meta do presidente é garantir pelo menos 40.

    O peemedebista também recebeu a deputada federal Christiane Yared (PR-PR) que, na enquete, disse ser favorável ao prosseguimento da denúncia. Pelas contas do governo, há 21 indecisos com potencial de terem seus posicionamentos revertidos em plenário.

    Ao todo, o presidente programou audiências com 16 parlamentares, dos quais 10 disseram não saber ou não responderam como votarão quando a denúncia for levada a plenário.

    Do restante, dois se posicionaram favoravelmente ao prosseguimento da denúncia –Christiane e Sinval Malheiros (Podemos-SP)–, e quatro por seu arquivamento, todos do PMDB, partido do presidente.

    Nos próximos dias, o peemedebista pretende manter a agenda de encontro com parlamentares indecisos, principalmente do PSDB, PSD, DEM e PR.

    Partindo de um placar já desfavorável, auxiliares do presidente acreditam que a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que foi braço-direito de Temer no governo, pode dificultar ainda mais o trabalho de convencimento.

    A prisão ocorreu no momento mais delicado da gestão peemedebista, com o início da tramitação de denúncia contra ele por corrupção passiva. A avaliação do Palácio do Planalto é de que ela é mais um sinal de que o cerco da Operação Lava Jato sobre o governo deve aumentar.

    Neste final de semana, por exemplo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que "enquanto houver bambu, lá vai flecha".

    A Folha apurou que, antes da prisão, Geddel havia afirmado em conversas reservadas que não pretendia fazer delação premiada caso fosse preso. A personalidade inconstante e explosiva do peemedebista, no entanto, preocupa a equipe presidencial.

    -

    A AGENDA DE TEMER

    Quem o presidente recebe hoje no Planalto

    8h
    Deputado Ronaldo Fonseca (PROS/DF)

    8h30
    Senador Wilder Morais (PP/GO)

    9h
    Deputado Evandro Gussi (PV/SP)

    10h
    Senador Ataídes Oliveira (PSDB/TO)

    10h30
    Ricardo Barros - Ministro de Estado da Saúde

    11h
    Senador Telmário Mota (PTB/RR)

    11h30
    Deputada Christiane de Souza Yared (PR/PR)

    12h30
    Deputada Bruna Furlan (PSDB/SP)

    15h00
    Senador Roberto Rocha (PSB/MA)

    15h30
    Deputado Goulart (PSD/SP)

    16h00
    Senador Pedro Chaves dos Santos Filho (PSC/MS)

    16h30
    Senador José Maranhão (PMDB/PB)

    17h00
    Deputado Luiz Lauro Filho (PSB/SP)

    17h30
    Deputado Wilson Filho (PTB/PB), vice-líder e o ex-senador Wilson Santiago, presidente do PTB na Paraíba

    18h00
    Deputado Lelo Coimbra (PMDB/ES), líder da maioria na Câmara dos Deputados

    18h30
    Deputado Rogerio Peninha Mendonça (PMDB/SC)

    19h00
    Deputado José Priante (PMDB/PA)

    19h30
    Deputado Aníbal Gomes (PMDB/CE)

    20h00
    Deputado Alfredo Kaefer (PSL/PR)

    20h30
    Deputado Átila Lins (PSD/AM)

    21h00
    Deputado Darcísio Perondi (PMDB/RS) e Deputado Sinval Malheiros (PODE/SP)

    21h30
    Deputado Roberto de Lucena (PV/SP)

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