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    Lava Jato

    Ex-ministro Geddel Vieira Lima é transferido para presídio da Papuda

    CAMILA MATTOSO
    DE BRASÍLIA

    04/07/2017 15h32 - Atualizado às 16h34

    Reprodução/TV Globo
    Ex-ministro Geddel Vieira Lima chega a Brasília após ser preso na Bahia
    Ex-ministro Geddel Vieira Lima chega a Brasília após ser preso na Bahia

    O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) foi transferido no início da tarde desta terça-feira (4) para o presídio da Papuda (DF).

    Ele foi preso nesta segunda (3) na Bahia e chegou em Brasília por volta de meia-noite.

    O peemedebista cumpre prisão preventiva, que não tem prazo de duração, determinada pela Justiça Federal do Distrito Federal.

    Entre outros elementos, Geddel é acusado de tentar pressionar o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o operador Lucio Funaro a se calarem –os dois estão presos desde o ano passado. Cunha em Curitiba, Funaro, na Papuda.

    O pedido de prisão foi feito pela Polícia Federal após depoimento de Funaro. Ele contou que o ex-ministro sondava frequentemente sua mulher sobre seu "estado de ânimo" de delatar.

    O operador entregou à PF registros de chamadas telefônicas para provar o que disse.

    Geddel é alvo da operação Cui Bono, do DF, que investiga sua gestão na vice-presidência de pessoa jurídica na Caixa Econômica Federal, entre 2011 e 2013.

    O inquérito foi aberto a partir de elementos colhidos em um antigo celular de Cunha (PMDB-RJ).

    A defesa do ex-ministro chamou a prisão de "absolutamente desnecessária".

    RELEMBRE

    Na Cui Bono, os investigadores suspeitam do pagamento de propina para a liberação de recursos do FGTS para projetos privados.

    Como funcionava o esquema (segundo a delação de Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa):

    1. Empresas apresentavam projetos para pleitear recursos do FGTS, gerido pela Caixa

    2. Cleto passava ao ex-deputado Eduardo Cunha os projetos em tramitação

    3. Com o intermédio do corretor Lúcio Funaro, Cunha negociava com as empresas o pagamento de propina

    4. Após a negociação, Cleto atuava para convencer conselheiros do fundo a escolher as empresas que pagaram a propina

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