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    Norte e Nordeste concentram 90% das mortes de ativistas em 2016

    JOÃO PEDRO PITOMBO
    DE SALVADOR

    04/07/2017 19h10

    As regiões Norte e Nordeste concentraram cerca de 90% dos assassinatos de ativistas dos direitos humanos em 2016, aponta levantamento realizado pelo Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos, entidade que reúne entidades sociais e organizações não-governamentais.

    O estudo, apresentado nesta terça-feira (4) em Marabá e batizado "Vidas em Lutas: criminalização e violência contra defensoras e defensores de direitos humanos no Brasil", aponta que 66 ativistas foram mortos no ano passado.

    O número representa um aumento de 32% em relação a 2015, quando foram registrados ativistas assassinados.

    Dos 66 casos registrados no ano passado, 40 mortes foram registradas em conflitos agrários, 11 em disputas por territórios indígenas e três por áreas quilombolas. Também há casos de assassinatos de jornalistas, líderes comunitários urbanos e militantes da causa LGBT.

    O Estado de Rondônia foi o que registro mais mortes, 19 ao todo, seguido do Maranhão com 15 e do Pará com seis e Bahia com quatro.

    No caso dos Estados no Norte, a maioria das mortes foi decorrente de conflitos com grileiros de terras e madeireiros. Foi o caso do assassinato do trabalhador rural Ronair José de Lima, morto em emboscada próximo à ocupação do Complexo Divino Pai Eterno, em São Félix do Xingu, em fevereiro de 2016.

    O estudo considera como defensor dos direitos humanos "pessoas físicas que atuam isoladamente, pessoa jurídica, grupo, organização ou movimento social que atue ou tenha como finalidade a promoção ou defesa dos direitos humanos", de acordo com definição da ONU.

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