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    PSDB não decide sobre permanência, e posição de deputados ganha peso

    FELIPE BÄCHTOLD
    THAIS BILENKY
    DE SÃO PAULO

    11/07/2017 00h54 - Atualizado às 01h00

    Bruno Santos/Folhapress
    Alckmin, o presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati, Serra e o deputado Ricardo Tripoli falam à imprensa após encontro da sigla
    Alckmin, Tasso Jereissati, Serra e Ricardo Tripoli falam à imprensa após encontro da sigla

    Após quatro horas de reunião nesta segunda-feira (10), líderes do PSDB adiaram a definição sobre o desembarque do governo de Michel Temer e deixaram para a bancada da Câmara a decisão sobre o posicionamento diante da denúncia contra o presidente.

    Segundo o líder da bancada do partido, Ricardo Tripoli, a questão será discutida entre deputados tucanos nesta terça ou quarta-feira.

    "Essa decisão [de deixar cargos no governo] vai ser discutida após termos uma definição pelo líder Tripoli da posição da bancada em relação à votação que vai ter na quinta-feira [na Comissão de Constituição e Justiça]", disse o presidente do partido, Tasso Jereissati.

    Ele disse que não há uma tendência clara na bancada, mas Tripoli vê uma maioria se formando pela aceitação da denúncia contra Temer.

    Tasso afirmou que o partido concordou em eleger uma nova direção em agosto. Em maio, o então presidente do partido, Aécio Neves, se afastou do cargo após a delação da JBS. Segundo Tasso, o partido precisa discutir um novo programa e refletir sobre "erros".

    Participam do encontro no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, 16 lideranças do partido, incluindo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o prefeito João Doria, os senadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) e cinco governadores do partido.

    PIZZA

    Segundo relatos, a dificuldade de Temer para se manter no cargo, ainda que nem sempre verbalizada, ficou como pano de fundo das falas de cada um.

    Alckmin, Serra e Aécio reconheceram a dificuldade de a reforma da Previdência avançar.

    FHC disse que o governo Temer errou na justificativa da medida. Em vez de dizer que a reforma seria para combater privilégios, disse que o objetivo era combater o deficit.

    O ex-presidente também fez um apelo contra o fogo cruzado, com um tucano rebatendo o outro.

    Tasso foi mais assertivo na defesa do desembarque, mas foi lembrado de que a reunião não tinha poder deliberativo.

    Beto Richa, governador do Paraná, destoou dos demais governadores presentes, com posição favorável à saída do PSDB do governo.

    O governador de Goiás Marconi Perillo falou da necessidade de uma agenda com teses corajosas, que representem mudanças radicais como por exemplo a adoção do parlamentarismo.

    O cardápio do jantar foi pizza.

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