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    Lava Jato

    Temer diz que respeitará resultado de votação de denúncia contra ele

    GUSTAVO URIBE
    MAELI PRADO
    DE BRASÍLIA

    11/07/2017 11h31

    Eduardo Anizelli - 27.jun.2017/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 27-06-2017, 15h30: O Presidente Michel Temer, faz discurso acompanhado de Deputados Federais, no Palacio do Planalto, em Brasilia. (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress, PODER)
    O presidente da República, Michel Temer, em discurso no Planalto

    Sob o risco de ser afastado temporariamente do cargo, o presidente Michel Temer disse nesta terça-feira (11) que respeitará qualquer que seja o resultado da votação da denúncia contra ele na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

    Em discurso no lançamento do Plano Safra 2017/2018, o peemedebista disse que a Câmara tomará uma decisão "importantíssima" nesta semana e que não é hora de ter "dúvidas" ou "receios".

    A expectativa é de que na sexta-feira (14) seja finalizada a tramitação da denúncia por corrupção passiva na CCJ, sendo votada em plenário na semana que vem. Para que a ação seja aberta pelo STF (Supremo Tribunal Federal), é preciso que 342 dos 513 deputados votem a favor dela.

    "A Câmara dos Deputados nesta semana tem uma importantíssima decisão a tomar e eu respeitarei qualquer que seja o resultado da votação. Não é hora de duvidas e receios, a hora é de respostas rápidas", disse.

    Nesta terça-feira (12), o Palácio do Planalto fará mais uma troca na CCJ, totalizando 21 mudanças na tentativa de barrar relatório desfavorável ao peemedebista.

    Vice-líder do governo, Beto Mansur (PRB-SP) assumirá no lugar de Lincoln Portela (PRB-MG), que em enquete da Folha não se pronunciou como votaria.

    No discurso, o presidente ressaltou que ainda conta com respaldo junto ao Poder Legislativo e disse que, embora o governo enfrente protestos "de vez em quando", "a caravana tem de continuar a passar".

    "Há protestos de vez em quando, alguns poucos protestos, e a caravana vai passando. Nós somos a caravana", disse.

    Para ele, o único caminho a enfrentar é "não ter medo". "Nós devemos deixar os receios de lado", disse. O peemedebista também disse que a reforma trabalhista será aprovada nesta terça-feira (11), ainda que a expectativa do Palácio do Planalto seja de um resultado apertado.

    "Não tenho dúvidas de que continuaremos avançando. O meu governo não perdeu tempo, deixou a matéria pronta e ela vai ser aprovada, se Deus quiser", disse.

    O presidente disse ainda que, deixando "toda modéstia de lado", soube escolher uma equipe ministerial que tem "dado os melhores resultados para o país".

    Ao todo, o ministro do STF Edson Fachin determinou a abertura de inquéritos contra oito ministros do governo peemedebista no rastro da Operação Lava Jato.

    "Nós soubemos escolher a nossa equipe e não são coisas vindas do céu. Nós soubemos escolher uma equipe que tem dados os melhores resultados ao país", disse.

    'COTOVELADA'

    No evento, o Banco do Brasil anunciou que irá disponibilizar R$ 103 bilhões em financiamentos para a atividade rural, dos quais R$ 91,5 bilhões serão destinados a produtores e cooperativas.

    Segundo o presidente da instituição financeira, Paulo Caffarelli, o montante disponibilizado para a nova safra é 30% maior que a anterior e serão reduzidas em um ponto percentual os juros para as linhas de custeio, investimento e comercialização.

    Em discurso, o ministro Blairo Maggi (Agricultura) destacou o aumento da produção agrícola no país e ressaltou que não se conquista mercados estrangeiros com "beijos" e "abraços".

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