• Poder

    Saturday, 18-May-2024 06:54:00 -03

    Temer nomeia Raquel Dodge para substituir Janot na PGR

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    13/07/2017 07h33

    Pedro Ladeira - 12.jul.2017/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 12-07-2017, 10h00: A CCJ do Senado realiza sabatina com a subprocuradora Raquel Dodge, indicada pelo presidente Michel Temer ao cargo de Procuradora Geral da República. O senador Edison Lobão (PMDB-MA) preside a CCJ e o relator da indicação é o senador Roberto Rocha (PSB-MA). O presidente do senado senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) acompanha a sessão. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    Raquel Dodge ao lado do senador Edison Lobão, presidente da CCJ, durante sabatina no Senado

    O presidente Michel Temer nomeou nesta quinta-feira (13) a sub-procuradora Raquel Dodge para suceder Rodrigo Janot no comando da da PGR (Procuradoria-Geral da República) a partir de setembro.

    A decisão foi publicada no "Diário Oficial da União" e feita no dia seguinte à aprovação dela em sabatina do Senado, na qual ela falou em buscar um "caminho do entendimento".

    Na noite de quarta-feira (12), Dodge se reuniu com o presidente, no Palácio do Planalto, para tratar da nomeação. A antecipação da indicação dela, já que Janot só deixa o cargo em setembro, fez parte de estratégia do presidente de qualificar uma voz dissonante à dele.

    Temer tem acusado o chefe do Ministério Público Federal de atuar com "revanche", "destruição" e "vingança" ao ter apresentado contra ele uma denúncia por corrupção passiva.

    Aos 55 anos, quase 30 deles no Ministério Público Federal, Dodge é natural de Morrinhos (GO), tem experiência na área criminal, estudou na UnB e é mestre em direito pela Universidade Harvard (EUA).

    A sabatina no Senado transcorreu em clima ameno, diferente de agosto de 2015, quando Janot foi sabatinado e reconduzido à PGR num clima de tensão, dias depois de ter apresentado as primeiras denúncias de parlamentares na Operação Lava Jato.

    A indicada prometeu atuar com "serenidade" e respeito aos direitos dos investigados, como o do princípio da presunção da inocência.

    Nesse contexto, ela defendeu um controle maior sobre a divulgação de informações sigilosas durante as investigações, para não manchar os nomes dos suspeitos antes de uma eventual condenação.

    "É cada vez mais necessário que a atuação do Ministério Público, de partida, seja calcada em provas mais coerentes em face de todo os fatos que são imputados para que a dúvida não desonre a dignidade da pessoa enquanto não haja condenação", disse.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024